Marília, SP, 12 (AFI) – O técnico Ricardo Costa conduz o Marília Atlético Clube ao início de mais uma temporada com um discurso firme, detalhista e baseado na construção profissional que marcou sua carreira. Sem ter atuado como jogador, o campineiro encontrou no curso de Educação Física sua porta de entrada no futebol e, desde então, transformou estudo e metodologia em caminho até a área técnica.

TRAJETÓRIA E IDENTIDADE

A relação de Ricardo com o esporte nasceu cedo, alimentada pelas idas ao Moisés Lucarelli e ao Brinco de Ouro, influenciado por uma família dividida entre Ponte Preta e Guarani. O ambiente acendeu o desejo de trabalhar com futebol e o levou aos primeiros passos como preparador físico antes da transição para treinador.

Motivado pelo projeto atual do MAC, ele destaca confiança, profissionalismo e a oportunidade de liderar novamente um time que conhece bem — e que já conduziu ao acesso em 2019. Para 2026, a meta é clara: montar uma equipe intensa, competitiva e preparada para disputar o topo da Série A3.

A BUSCA PELO ACESSO

Ricardo reconhece que o acesso de 2019 escapou nos detalhes — especialmente pela perda da primeira colocação na última rodada e pela derrota na semifinal diante do Sertãozinho. Mesmo assim, valoriza a campanha e reforça que, com 11 jogadores em campo naquele confronto decisivo, o desfecho poderia ter sido diferente.

Sobre a montagem do elenco atual, o treinador afirma que o MAC está mais forte e corrigiu pontos que pesaram na campanha anterior, especialmente no meio-campo.

“Talvez faltassem jogadores com mais característica de marcação. Mantivemos uma base sólida e trouxemos reforços pontuais para aumentar a intensidade e a competitividade do time”, explicou.

PREPARAÇÃO E PROJETO PARA 2026

A ausência da Copa Paulista no segundo semestre, segundo Ricardo, dificultou o ritmo competitivo e a avaliação de peças. Em contrapartida, permitiu ao clube se antecipar no mercado e firmar pré-contratos antes de concorrentes diretos.

A expectativa é que o MAC dispute a Copa Paulista em 2026, condicionada ao orçamento, mas vista como prioridade pela diretoria. O treinador também comentou sobre sua permanência no clube, destacando identificação pessoal, agilidade na negociação e a motivação extra após o acesso escapar por pouco em 2025.

Entre os adversários mais fortes, Ricardo lista Rio Branco, Portuguesa Santista, Rio Claro, Catanduva, Bandeirante e XV de Jaú — clubes que, segundo ele, estão investindo pesado e devem elevar o nível da competição.

Com a pré-temporada em andamento, o objetivo é chegar à reta final de preparação com a equipe praticamente definida e ajustada para suportar a intensidade do estadual.