Série A4: Comercial teme perder Palma Travassos durante as primeiras rodadas

Técnico Roberval Davino demonstra preocupação com a possibilidade de o Comercial atuar longe do Palma Travassos nas primeiras rodadas da Série A4 de 2026.

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Treinador vê risco de prejuízo técnico caso o Leão do Norte precise mandar jogos fora de Ribeirão Preto.

Ribeirão Preto, SP, 11 (AFI) – O Comercial vive dias de alerta às vésperas da Série A4. O técnico Roberval Davino voltou a demonstrar preocupação com a possibilidade de perder o mando no Palma Travassos já na segunda rodada da competição, devido a um evento de pré-carnaval marcado para o estádio. O clube tenta alterar a data, mas admite grandes chances de precisar atuar em outro local.

RISCO DE DESLOCAMENTO NO INÍCIO DO CAMPEONATO

O presidente Antônio Carlos Campanelli confirmou que o Comercial poderá ser obrigado a ceder o estádio, o que afeta diretamente o planejamento da equipe. A situação reacende uma pauta antiga: as limitações geradas pelos eventos realizados no Palma Travassos, que impactam rotina, logística e até o calendário de competições.

Davino lembrou o duelo contra o XV de Piracicaba pela Copa Paulista como exemplo recente dessa interferência. Na ocasião, o clube não pôde atuar no horário desejado devido a um show previamente agendado para o estádio.

“É um problema o futebol não ser prioridade. Há esse show, que é uma necessidade, mas quem administra poderia trabalhar com datas diferentes”, disse o treinador. “Contra o XV, eu queria jogar à tarde, mas ficou para sexta à noite. Mesmo com um a menos, quase conseguimos a classificação.”

TREINOS E ESTRUTURA AINDA PREOCUPAM

Além do possível deslocamento, Davino ressaltou que o Comercial ainda enfrenta carências significativas na estrutura de treinos. O clube garantiu recentemente um espaço na Fazenda Santa Maria, mas o treinador considera que a solução ainda é temporária.

“Futebol não se faz sem treino, ainda mais comigo, que gosto de trabalhar. Tínhamos um campinho bom em Jurucê, mas depois não pudemos mais usar. O Comercial pode viver de evento, mas não pode deixar de lado a prioridade do futebol”, alertou.

O técnico também comentou sobre o processo de montagem do elenco, que sofreu baixas importantes e exigiu agilidade no mercado. Com orçamento reduzido, o clube precisou se movimentar rapidamente para não ficar atrás dos concorrentes.

“Para contratar jogadores com o salário que estamos oferecendo e depois de perder 13 atletas, é preciso sair na frente mesmo”, avaliou Davino. Ele citou ainda a Inter de Bebedouro como exemplo de clube que vem se estruturando melhor, com a construção de um centro de treinamento.

CONFIANÇA EM UMA CAMPANHA COMPETITIVA

Mesmo em meio às dificuldades, Davino mantém confiança na capacidade de o Leão do Norte competir forte na Série A4. Para ele, não é apenas o peso da camisa que determina o sucesso, mas sim a organização e o trabalho diário.

“A competição será difícil. Não é só pela camisa que se chega. Temos condições de fazer uma boa campanha”, afirmou.

O Comercial estreia na Série A4 no dia 1º de fevereiro, ainda com indefinições sobre onde jogará as primeiras partidas da temporada.