Surfista brasileiro "culpa" câmera na mão em grave queda nas ondas de Nazaré
Segundo Carlos Burle uma câmera que ele carregava na mão para captar imagens enquanto estava em cima da prancha teria dificultado o resgate.
Ele chegou a ser resgatado por outros colegas brasileiros e encaminhado para o hospital, mas foi liberado e passa bem.
Campinas, SP, 04 – O surfista Carlos Burle utilizou as redes sociais nesta quinta-feira para detalhar o acidente que sofreu nas ondas gigantes de Nazaré, em Portugal, na última quarta-feira. Ele chegou a ser resgatado por outros colegas brasileiros e encaminhado para o hospital, mas foi liberado e passa bem.
Segundo o veterano surfista, de 58 anos, uma câmera que ele carregava na mão para captar imagens enquanto estava em cima da prancha teria dificultado o resgate.
“Eu estava me sentindo muito bem fisicamente, emocionalmente, muito confortável. Então eu resolvi fazer umas imagens com a câmera. Desde a primeira onda eu estava filmando. E, na terceira onda, eu quis fazer uma imagem diferente. Eu tentei filmar de frente. Antes eu estava filmando de trás e passei a filmar de frente, com meu rosto e a onda atrás. Eu não estava muito focado em outras coisas, estava mais pensando mesmo em fazer boas imagens. Até que ponto a gente chega nessa vida de querer fazer essas imagens? Eu sempre tive habilidade de conduzir e filmar com câmeras na mão. Só que nessa situação extrema, a câmera na mão me atrapalhou muito. Então, quando eu tomo a onda, eu tenho que segurar a câmera com as duas mãos. E eu fico muito tempo debaixo d`água ali, esperando o momento certo para poder acionar o colete sem perder a câmera. E, quando isso acontece, já é quase no limite”, disse o surfista em um vídeo publicado no Instagram.
Burle foi alcançado pela água com toda a velocidade e força depois de pegar uma grande bomba. Em seguida, o também brasileiro Lucas Chumbo estava por perto e imediatamente resgatou o colega, que recebeu atendimento médico no local.
Nem mesmo a experiência com ondas gigantes livrou Burle de enfrentar dificuldades para sair do mar. Depois de sofrer a grave queda, o surfista diz que o aprendizado que fica é de priorizar totalmente a segurança em locais onde o surfe pode colocar a segurança e saúde em risco.
“Então eu subo, chego na superfície, não tenho tempo de respirar direito, assim, uma troca de oxigênio muito rápida, né? Gás carbônico e oxigênio. Foi muito rápido. Tomo a segunda onda, um caldo muito poderoso. É difícil de assimilar o resgate com a câmera na mão também. Então para fazer o contato com o piloto do jet-ski ou com as alças do sled com a câmera na mão é muito mais difícil. Então, para mim, ficou muito claro que numa situação dessa de risco muito grande, a gente deve focar 100% no processo de segurança e evitar ter um equipamento ali, que é só para captar imagens. É lógico que a gente sempre vai querer captar imagens, mas até que ponto vale você poder se expor? O meu aprendizado hoje foi esse. Eu não deveria estar com aquela câmera de forma alguma, naquele momento”, avaliou.
Em 2013, a brasileira Maya Gabeira, que sofreu um grave acidente também nas ondas gigantes de Nazaré, foi resgatada por Burle. Na oportunidade, a surfista chegou a ficar inconsciente e fraturou o tornozelo devido à queda.
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