Transfer ban e pendências financeiras marcam a chegada de Torrano à Ponte Preta

A diretoria, que tomou posse em 1º de dezembro, precisa agir rápido para evitar que a Macaca fique para trás na briga pelas competições do próximo ano

A Ponte Preta inicia uma nova fase sob o comando de Luiz Antônio Alves Torrano, que assumiu a presidência em meio a um cenário de extrema crise financeira.

Torrano é o novo presidente da Ponte Preta — Foto: Marcos Ribolli/ PontePress
Torrano é o novo presidente da Ponte Preta — Foto: Marcos Ribolli/ PontePress

Campinas, SP, 2 (AFI) – A Ponte Preta inicia uma nova fase sob o comando de Luiz Antônio Alves Torrano, que assumiu a presidência em meio a um cenário de extrema crise financeira. O clube, recém-campeão da Série C, enfrenta um pesado transfer ban da CBF, salários atrasados e bloqueios judiciais, além da missão urgente de montar o elenco para o Paulistão e a Série B de 2026.

O novo presidente encara uma pressão enorme para resolver pendências financeiras e administrativas. A diretoria, que tomou posse em 1º de dezembro, precisa agir rápido para evitar que a Macaca fique para trás na briga pelas competições do próximo ano.

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TRANSFER BAN E BLOQUEIOS JUDICIAIS NA PONTE PRETA

Eberlin ao lado de Torrano, novo presidente da Ponte Preta - Foto: Marcos Ribolli
Eberlin ao lado de Torrano, novo presidente da Ponte Preta – Foto: Marcos Ribolli

O maior desafio do início da gestão Torrano é zerar o transfer ban imposto pela CBF devido ao descumprimento de acordo na CNRD. A dívida de cerca de R$ 18 milhões envolve atletas, técnicos e intermediários, com previsão de pagamentos mensais de R$ 150 mil por até dez anos. O atraso nas parcelas deixou a Ponte impedida de registrar novas contratações.

Além disso, o clube amarga diversos bloqueios na Justiça trabalhista e cível. Um dos casos mais graves é a dívida de R$ 1,2 milhão com o ex-técnico Hélio dos Anjos. Após não cumprir acordo de R$ 900 mil, a Justiça determinou a penhora das receitas do clube, dificultando ainda mais a situação financeira alvinegra.

SALÁRIOS ATRASADOS E PLANEJAMENTO PARA O PAULISTÃO

No vestiário, o clima também é tenso: funcionários acumulam até sete meses de salários atrasados, enquanto jogadores estão há três meses sem receber, além de direitos de imagem pendentes. Essa situação gerou ações na Justiça, com atletas como Wanderson, Everton Brito e Lucas Cândido já conseguindo rescisão indireta por falta de pagamento.

Com o Paulistão batendo na porta, Torrano busca captar recursos para quitar dívidas urgentes e destravar o planejamento. Enquanto isso, reforços prometidos seguem sem poder ser inscritos, já que o transfer ban impede qualquer registro até que a pendência na CNRD seja resolvida.

Mesmo após a troca de comando, a Ponte Preta ainda não anunciou novos reforços para 2026. O desafio do novo presidente é equilibrar a casa, recuperar a confiança interna e garantir que o acesso recém-conquistado não se perca em meio ao turbilhão financeiro e estrutural.

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