Estrelas do futebol europeu no Brasil: como vivem e gostam daqui?

Memphis Depay no Corinthians, Martin Braithwaite no Grêmio e Cédric no São Paulo são alguns exemplos dessa nova onda

O futebol brasileiro sempre teve algo que encanta quem vem de fora. É uma mistura de paixão, improviso e emoção que não existe em nenhum outro lugar

Brasil
Foto: Reprodução

São Paulo, SP , 06 (AFI) – Nos últimos anos, o Brasil voltou a chamar a atenção de nomes de peso do futebol europeu. Jogadores e técnicos que antes pareciam distantes do nosso estilo de jogo agora estão desembarcando em clubes da Série A, trazendo experiência, disciplina e curiosidade sobre a vida tropical.

O Brasileirão de 2024, por exemplo, marcou um recorde: nunca houve tantos atletas nascidos na Europa jogando no país. E, diferente de outras épocas, muitos deles não vêm só por contrato, vêm pela experiência, pelo clima, pelo jeito brasileiro de viver o futebol.

O futebol brasileiro sempre teve algo que encanta quem vem de fora. É uma mistura de paixão, improviso e emoção que não existe em nenhum outro lugar. E para alguns europeus, jogar aqui é quase como redescobrir o amor pelo jogo.

O choque cultural dos novos craques

Memphis Depay no Corinthians, Martin Braithwaite no Grêmio e Cédric no São Paulo são alguns exemplos dessa nova onda. Jogadores acostumados com a frieza tática da Europa agora convivem com o calor humano das arquibancadas brasileiras, onde cada jogo é uma festa.

Muitos relatam que a adaptação ao estilo de jogo é um desafio, mas o acolhimento fora de campo faz tudo valer a pena. Depay, por exemplo, já foi visto curtindo samba em São Paulo e elogiou a comida brasileira nas redes sociais.

Braithwaite, por outro lado, tem mostrado curiosidade por tudo: música, gírias, e até o hábito brasileiro de tomar café a toda hora. Para ele, o futebol aqui é mais emocional e menos previsível, o que torna cada partida uma aventura.

Treinadores europeus e o intercâmbio de ideias

Não são só os jogadores que vêm para o Brasil. A chegada de treinadores como Abel Ferreira, no Palmeiras, e Davide Ancelotti, no Botafogo, mostra que o movimento também acontece no banco de reservas.

Veja, por exemplo, Abel Ferreira: ele já é quase um cidadão paulistano. Ganhou títulos, fala o idioma com sotaque lusitano, e até adota expressões locais nas entrevistas. Já Davide Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti, trouxe uma visão moderna e metódica ao futebol carioca, misturando o estilo italiano com o jeito intenso dos torcedores alvinegros.

Esse intercâmbio de culturas e métodos tem feito bem ao futebol brasileiro. As comissões técnicas ganham novas perspectivas, e os atletas locais aprendem com a mentalidade europeia de disciplina e preparo físico.

O olhar dos europeus sobre o Brasil

Com o aumento de estrangeiros por aqui, até o mercado de apostas e estatísticas começou a se movimentar. Muitos fãs internacionais passaram a acompanhar o Brasileirão à distância, curiosos para saber como seus compatriotas estão se saindo.

No site de apostas Betespecial, por exemplo, há um aumento de interesse em jogos da Série A. O público quer entender como nomes como Depay e Braithwaite estão performando e até arrisca palpites sobre os resultados.

Além disso, plataformas como essa viraram uma ponte entre quem acompanha o futebol europeu e quem está redescobrindo o encanto do futebol jogado no Brasil. É o tipo de curiosidade que nasce da mistura de culturas, e o futebol é o palco perfeito para isso.

O dia a dia fora dos gramados

A vida no Brasil também é um atrativo à parte. Muitos jogadores europeus elogiam o clima, a comida e a receptividade do povo. Alguns se encantam com a música, outros com a natureza e até com o jeito mais leve de encarar o dia a dia.

O português Cédric, lateral português do São Paulo, comentou abertamente estar surpreendido com o nível e intensidade do futebol brasileiro, assim como analisou ser positiva sua vivência em terras paulistanas.

Alguns preferem o agito das capitais, enquanto outros se apaixonam por cidades menores, com ritmo mais tranquilo. No fim, o que une todos é o mesmo sentimento: o Brasil é um país que acolhe, dentro e fora do campo.

Uma troca que só tem a enriquecer

O futebol brasileiro sempre foi exportador de talentos, mas agora também se tornou um destino de aprendizado para estrangeiros. Essa troca de ideias, estilos e histórias cria um ambiente mais rico e competitivo.

Os europeus trazem sua mentalidade profissional, e o Brasil oferece paixão, improviso e alegria. É uma combinação improvável, mas que vem dando certo.

Quem vê esses craques em campo talvez nem perceba, mas por trás de cada passe há também uma troca cultural acontecendo. E o futebol, mais uma vez, mostra que é muito mais do que um jogo.