Parceria entre Francana e grupo de investidores fracassa antes da Série A3
Negociações entre Francana e o Grupo Good Foot são encerradas sem acordo. Clube vive turbulência política e deve prestar contas ao Conselho Deliberativo.
Franca, SP, 06 (AFI) – A parceria entre a Francana e o Grupo Good Foot, que previa a terceirização do departamento de futebol para o Campeonato Paulista da Série A3 de 2026, fracassou. O encerramento das negociações foi anunciado na noite de segunda-feira (3), em coletiva de imprensa convocada pelos representantes do grupo interessado. O contrato, que teria validade até 2030, previa investimento anual de cerca de R$ 3 milhões.
INVESTIDORES ANUNCIAM FIM DAS TRATATIVAS
O Grupo Good Foot, representado por Tiago Bastos, confirmou o fim das conversas e lamentou a falta de avanço no acordo.
“A gente tinha muito interesse em estar na Francana, fazer investimentos, não só no futebol, mas na estrutura e no centro de treinamentos. Infelizmente não foi possível, mas desejo sucesso ao clube e à atual diretoria. Damos por encerrada a negociação”, afirmou Bastos.
O grupo, que conta com Fransérgio Bastos e Ivo Gonçalves — pai do jovem Estêvão Willian, destaque do Chelsea —, pretendia assumir a gestão do futebol profissional da Veterana. As tratativas vinham sendo conduzidas pelo Conselho Deliberativo, liderado pelo vice-presidente Fransérgio Garcia.
CONSELHO COBRA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Com o fim do acordo, o Conselho Deliberativo indicou que irá cobrar a prestação de contas do presidente Rafael Diniz, cujo mandato vai até maio de 2026.
“Nós temos regras e temos que cumprir o estatuto. Ele determina que trimestralmente haja prestação de contas, e a gente vai cobrar isso como de qualquer presidente”, afirmou Fransérgio Garcia.
O dirigente também assegurou que, mesmo com o impasse, o clube não ficará fora da Série A3. “Esse Conselho é forte e estruturado. Independentemente do que aconteça, a Francana vai disputar o campeonato”, completou.
PRESIDENTE REBATE E CRITICA GRUPO
Por sua vez, o presidente Rafael Diniz reagiu às declarações e lamentou o desfecho. Ele criticou o comportamento dos empresários durante as negociações.
“É uma pena que as pessoas não tenham paciência para conquistar seu espaço; querem chegar chutando a porta e assumir o comando a qualquer custo. No futebol há muito ego e vaidade, e isso é inimigo dos bons resultados”, declarou.
Diniz também afirmou que o grupo agiu de forma precipitada, iniciando contatos com jogadores e treinador antes do fechamento do contrato.
“Foi precipitada a contratação do treinador e o contato com atletas sem definição alguma. Além disso, a minuta era falha e sem garantias, com uma sociedade representada por um procurador. Isso não me agradou”, disse.
Com o fracasso da negociação, a Francana volta suas atenções para a montagem dos elencos que disputarão a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro, e a Série A3 do Paulista, que começa em 25 de janeiro de 2026.






































































































































