Ponte e Guarani revivem rivalidade histórica em confronto decisivo na Série C

O clima é de decisão. A Ponte, já garantida na Série B de 2026, entra em campo precisando apenas de um empate para confirmar vaga na final do torneio.

O dérbi será realizado neste sábado, às 17h, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas

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Ponte Preta e Guarani se enfrentam neste sábado

Campinas, SP, 09 (AFI) – Campinas volta a parar neste sábado, às 17h, para acompanhar mais um capítulo de uma das rivalidades mais tradicionais do futebol brasileiro. Ponte Preta e Guarani se enfrentam no estádio Moisés Lucarelli pela última rodada do quadrangular final da Série C, em um dérbi que pode definir o acesso, a vaga na final e o orgulho da cidade.

O clima é de decisão. A Ponte, já garantida na Série B de 2026, entra em campo precisando apenas de um empate para confirmar vaga na final do torneio. O Guarani, por sua vez, depende de uma vitória simples para subir de divisão e, de quebra, disputar o título. Com dez pontos, a Ponte lidera o Grupo C, seguida por Guarani (7), Brusque (6) e Náutico (5).

O cenário faz deste dérbi um dos mais importantes dos últimos anos. A vitória por 1 a 0 já colocaria o Guarani na final, mas o time ainda pode se classificar mesmo com derrota, caso Náutico e Brusque empatem. O peso da partida, porém, vai além da tabela: está no simbolismo do clássico, que há décadas define trajetórias e marca gerações em Campinas.

PONTE CAMPEÃ EM CIMA DO RIVAL

A história da rivalidade reserva duelos inesquecíveis. Em 1981, por exemplo, a Ponte Preta venceu o Guarani por 1 a 0, com gol de Osvaldo, e conquistou o título do primeiro turno do Campeonato Paulista. A festa alvinegra tomou conta do Moisés Lucarelli e consolidou uma equipe que, à época, ainda carregava o trauma das finais perdidas no fim dos anos 1970.

A VOLTA POR CIMA DO GUARANI

Três décadas depois, o Guarani teve seu momento de redenção. No dia 29 de abril de 2012, o Brinco de Ouro foi palco de uma das maiores vitórias bugrinas deste século. Em semifinal do Campeonato Paulista, o Guarani derrotou a Ponte por 3 a 1, de virada, com dois gols de Medina e um de Bruno Recife, após sair atrás no placar. Caio havia aberto o marcador para a Ponte, mas a reação nos acréscimos levou o time de Vadão à final estadual contra o Santos.

Aquele dérbi de 2012 ficou marcado como o “jogo da virada épica”. O Guarani, que não chegava a uma final de Campeonato Paulista desde 1988, reviveu o orgulho de uma geração e eternizou nomes como Vadão e Medina na história do clube. Do outro lado, a Ponte deixou o campo inconsolável, em um dos reveses mais dolorosos de sua trajetória recente.

VALE MUITO!

Desde então, os clássicos seguiram carregados de tensão, mas raramente com tanto peso esportivo quanto o deste sábado. Pela primeira vez em mais de uma década, Ponte e Guarani entram em campo com algo grande em disputa. Para o torcedor alvinegro, é a chance de confirmar a retomada e ainda atrapalhar o rival. Para o bugrino, é o jogo da sobrevivência — e, possivelmente, do renascimento.