Primavera leva modelo SAF à final da Copa Paulista pelo segundo ano seguido

Primavera chega à final da Copa Paulista e confirma tendência das SAFs no interior paulista. Presidente Igor Dante projeta reformas no estádio e próximos desafios.

IMG 4129
Presidente Igor Dante fala em obras no Estádio Ítalo Mário Limongi e destaca força da SAF. (Reprodução/ECP)

Indaiatuba, SP, 01 (AFI) – A final da Copa Paulista 2025 foi definida no último fim de semana. O Primavera superou o Grêmio Prudente nos pênaltis e garantiu lugar na decisão contra o XV de Piracicaba, que venceu o Comercial por 1 a 0. Com a classificação, os dois clubes já asseguraram vaga em competições nacionais para 2026.

SAF NA DECISÃO NOVAMENTE

O avanço do Primavera reforça a presença das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) nas decisões do torneio. Pelo segundo ano consecutivo, um clube nesse modelo chega à final. Em 2024, o Monte Azul, também estruturado como SAF, levantou a taça ao vencer o Votuporanguense nos pênaltis. Desta vez, o Azulão caiu nas oitavas, mas a presença do Fantasma de Indaiatuba mostra a força crescente do formato.

Mais do que tendência, a SAF tem se mostrado alternativa real de profissionalização administrativa, atração de investimentos e fortalecimento esportivo. No interior paulista, esses fatores têm sido decisivos para que clubes consigam disputar títulos e alcançar espaço em torneios nacionais.

REFORMAS NO ESTÁDIO

Em entrevista ao podcast Quem Pod Mais, do Grupo Mais Expressão, o presidente da SAF do Primavera, Igor Dante, comentou sobre os próximos passos do clube. A prioridade é a reforma do Estádio Ítalo Mário Limongi, que precisa se adequar às exigências da Federação Paulista para receber jogos do Paulistão.

Entre os pontos citados estão o aumento da capacidade, melhorias na iluminação, adequação do gramado, além de reformas em vestiários, sala de imprensa e arbitragem. “É caro, vamos ter que fazer um movimento para realizar essas obras. Mas nossa intenção é mandar os jogos em Indaiatuba”, afirmou Dante, descartando mudança para outras cidades.

Empresas locais já se colocaram à disposição para apoiar financeiramente as intervenções. A diretoria espera transformar o Gigante da Vila Industrial em um estádio moderno e à altura da elite estadual.

COPA PAULISTA E O FUTURO

Por conta das obras, o Primavera não poderá atuar em sua casa ainda nesta Copa Paulista. O clube tem mandado os jogos no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e a diretoria busca alternativas para manter o time em atividade no segundo semestre.

Segundo Igor Dante, existe até a possibilidade de o campo da Osan (atual Praça de Esportes Rodrigo Colli Badino) ser utilizado, mas a Federação Paulista precisaria aprovar a estrutura. “Precisamos ter um lugar para jogar. Hoje, em Indaiatuba, não temos outro estádio”, explicou o dirigente.

Com o título em disputa e a SAF consolidando um novo momento, o Primavera vive talvez o ano mais marcante de seus 98 anos de história, combinando conquistas em campo e projetos de longo prazo fora dele.