Crise no CSA: indefinição trava transição e causa impasse

Falta de registro em ata impede transição e decisões no Azulão após saída da presidente.

CSA vive impasse após saída da presidente. Falta de registro trava transição e gera crise no clube.

Foto: Divulgação/CSA
Foto: Divulgação/CSA

Maceió, AL, 11 (AFI) – A crise política tomou conta do CSA após a saída da presidente Mirian Monte. Sem registro oficial em ata das nomeações, o clube não conseguiu efetivar a transição do comando. O vice-presidente executivo, Robson Rodas, revelou que nem ele, nem o presidente do conselho deliberativo, estão homologados para assumir decisões importantes. Essa situação impede até mesmo renúncias formais e bloqueia pagamentos e transferências no clube.

CSA SEM DIREÇÃO DEFINIDA

O dirigente afirmou que pretendia cumprir o mandato até 2027, mas considerou “descortês” o afastamento da diretoria pelo conselho, sem nem ser chamado para a reunião. Rodas relatou que buscou a certidão de homologação do conselho, referente a setembro de 2024, mas descobriu que o ato não foi registrado em cartório. Segundo ele, o cartório prometeu entregar o documento até sexta-feira, mas, por enquanto, nenhum dirigente tem poder de decisão dentro do clube.

Com toda a diretoria afastada, o comando interino está nas mãos do presidente do conselho, Ney Ferreira. Contudo, a falta de registro na ata impede que ele também possa assinar documentos e realizar operações bancárias pelo CSA. A saída do executivo de futebol, Jadson Oliveira, após o jogo contra o Brusque, aumentou o vácuo de liderança. O calendário da equipe e decisões urgentes seguem sem solução.

REBAIXAMENTO E RUMOS SÉRIE D

No aspecto esportivo, o rebaixamento para a Série D foi atribuído por Rodas aos problemas no departamento de futebol, apesar de afirmar que a diretoria vinha conseguindo captar recursos. Ele apontou ruídos de comunicação e falta de fidelidade entre atletas e o executivo Jadson Oliveira. Segundo Rodas, mudanças táticas como 4-3-3 e 4-2-4 não eram implementadas de forma organizada, prejudicando o desempenho do Azulão e culminando na queda de divisão.

Apesar do momento conturbado, Rodas acredita na construção de um consenso entre grandes nomes do clube para reerguer o CSA. Ele citou Eugênio Filho, da Casa Guido, como alguém capaz de unir as forças azulinas nesta nova fase.