Rio de Janeiro, RJ, 09 (AFI) – O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, seguirá respondendo apenas por fraude esportiva no episódio de manipulação de resultados no Brasileirão de 2023. O juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Distrito Federal, negou novo pedido do Ministério Público para incluir a acusação de estelionato contra o jogador.

O MP tentava responsabilizar também o irmão do atleta, Wander Nunes Pinto Júnior, e mais sete pessoas. Todos são investigados após denúncia de que Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo diante do Santos, beneficiando apostadores que sabiam da punição antes do jogo.

ENTENDA A SITUAÇÃO

De acordo com a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, Bruno Henrique teria conversado sobre o lance com Wander, que fez apostas e repassou a informação para outras pessoas. Mesmo assim, Barbagalo entendeu que as provas só apontam para fraude esportiva, como já previsto na Lei Geral do Esporte.

O juiz destacou ainda que as empresas supostamente prejudicadas não se manifestaram como vítimas, apenas responderam às solicitações dos órgãos de investigação.

SUSPENSÃO E MULTA NO BRASILEIRÃO

Barbagalo também rejeitou medidas cautelares como a fiança de R$ 2 milhões, sugerida pelo Ministério Público, por falta de indícios suficientes. Agora, o recurso segue para o Tribunal de Justiça do DF, que vai analisar o caso em segunda instância.

Na esfera esportiva, Bruno Henrique foi julgado pelo STJD e recebeu punição de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 50 mil, mas ainda pode recorrer da decisão.

PRÓXIMO JOGO

O Flamengo voltará a entrar em campo no dia 14 de setembro, quando enfrentará o Juventude, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Alfredo Jaconi. O duelo terá início às 16h.

Os cariocas lideram a competição, com 47 pontos, enquanto os gaúchos lutam contra a zona de rebaixamento e ocupam a 18ª posição, com 21 pontos, um atrás do Santos, primeiro clube fora do Z-4.