Anápolis divulga defesa contra anulação de jogo com Guarani
A definição pode mexer diretamente na configuração tanto da parte de cima quanto da zona de rebaixamento da tabela
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) agendou para esta sexta-feira, às 10h, no Rio de Janeiro, o julgamento do pedido de anulação da partida entre Anápolis e Guarani.
Anápolis, GO, 03 (AFI) – O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) agendou para esta sexta-feira, às 10h, no Rio de Janeiro, o julgamento do pedido de anulação da partida entre Anápolis e Guarani, válida pela 13ª rodada da Série C.
A definição pode mexer diretamente na configuração tanto da parte de cima quanto da zona de rebaixamento da tabela, com reflexos imediatos na fase decisiva do campeonato.
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ARGUMENTO DO GUARANI
O Guarani formalizou a denúncia alegando erro de direito cometido pela arbitragem de Marcello Rudá Neves. O clube sustenta que o Anápolis teria atuado por alguns minutos com 12 jogadores em campo, situação que contraria as regras do jogo.
O atacante João Celeri, de acordo com a acusação, não teria saído após a entrada de Igor Cássio e chegou a participar de um lance defensivo em escanteio cobrado a favor da equipe campineira. O placar, àquela altura, já apontava 2 a 0 para os goianos — resultado que se manteve até o apito final.
O argumento do Guarani está amparado no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a possibilidade de anulação quando fica comprovado erro de direito capaz de influenciar no andamento da partida.
MUDANÇA NA TABELA
Caso o STJD acolha o pedido, a CBF será obrigada a remarcar o duelo, abrindo espaço para mudanças sensíveis no cenário da competição.
Na prática, o impacto pode ser grande. Classificado ao quadrangular final, o Guarani poderia melhorar sua posição com uma vitória em eventual repetição da partida.
Um triunfo simples levaria o time à sexta colocação, alterando a ordem dos confrontos; já uma vitória por dois ou mais gols poderia até colocá-lo em um grupo diferente na próxima fase. Por outro lado, uma derrota mais elástica, por três gols de diferença, faria o time cair para a oitava posição e mudar de chave.
DEFESA DO ANÁPOLIS
Entretanto, segundo a defesa do Anápolis, o que houve foi um “erro factual”, e não um “erro de direito”, e, portanto, o resultado de campo deve ser mantido. O clube goiano ainda cita que em casos análogos o STJD optou pela manutenção do resultado de campo.
Confira o posicionamento do Anápolis sobre o ocorrido:
NOTA OFICIAL
“O Anápolis Futebol Clube, esclarece que já apresentou sua defesa escrita perante o Tribunal Pleno do STJD, inclusive, anexando provas com imagens e vídeos do jogo.
Não obstante, sustenta pela não ocorrência do alegado erro de direito com relevância suficiente para alterar o resultado da partida e consequentemente gerar sua remarcação, mas sim, de um erro factual, ou seja, falha no procedimento descrito na regra 03 do futebol.
Há ainda que se ressaltar que o posicionamento do Tribunal Pleno do STJD em casos análogos é pela manutenção do resultado de campo.
Neste sentido, o Anápolis Futebol Clube que foi indubitavelmente superior nos 90 minutos do jogo, espera e confia pela manutenção do placar final”.
Cordialmente:
Daniel Dutra.
Depto. Jurídico do AFC.
O QUE PODE ACONTECER
Do lado oposto da tabela, o risco recai sobre o Anápolis. O clube goiano, que garantiu a permanência com a vitória sobre o Guarani, poderia perder esse direito caso o resultado fosse diferente em uma nova partida.
Nesse cenário, o CSA, que terminou a primeira fase com 22 pontos, se beneficiaria e permaneceria na Série C, empurrando o Anápolis para a quarta divisão nacional.
GUARANI
Em caso de nova realização da partida, o Guarani — já classificado ao quadrangular final — pode melhorar sua posição na tabela.
Uma vitória simples faria o time subir para a sexta colocação, alterando a ordem dos confrontos. Triunfos por dois ou mais gols poderiam até colocar o Bugre em outro grupo do quadrangular.
Por outro lado, uma derrota por três gols o faria cair para a oitava posição – mudando sua chave para o Grupo B, ao lado de Caxias, Londrina e Floresta ou São Bernardo.
