Boca Juniors bate recorde negativo e afasta medalhões em crise

Clube amarga jejum de 103 dias sem vitória e vê pressão crescer sobre diretoria e elenco.

Boca Juniors soma 11 jogos sem vencer, afasta três medalhões e vive maior jejum de sua história.

Foto: Divulgação/CA Boca Juniors
Foto: Divulgação/CA Boca Juniors

Buenos Aires, AR, 31 (AFI) – O Boca Juniors vive o maior jejum de vitórias de sua história, somando 11 partidas sem vencer em 2025. O clima de crise aumentou após o revés diante do Huracán, no último domingo, ampliando a insatisfação da torcida e gerando mudanças drásticas no elenco. Três medalhões foram afastados e a pressão sobre a diretoria, comandada por Riquelme, só cresce.

O clube argentino não sabe o que é triunfo há 103 dias, superando sequências negativas vividas em 1957 e 2021. Agora, só volta a campo no dia 9 de agosto, quando encara o Racing pelo Campeonato Argentino.

BOCA JUNIORS VIVE CRISE E AFASTA MEDALHÕES NO CAMPEONATO ARGENTINO

Fora das quatro linhas, o clima esquentou ainda mais. O zagueiro Marcos Rojo, de 35 anos, discutiu com o técnico Miguel Ángel Russo e foi retirado do elenco. O defensor pode pintar no Estudiantes, tradicional rival do Boca. Além dele, o lateral-esquerdo Marcelo Saracchi, de 27 anos, e o zagueiro Cristian Lema, também de 35, foram afastados. Saracchi chegou ao clube em 2023, sendo um investimento de 1,8 milhão de euros.

O afastamento do trio ocorreu logo após a eliminação precoce para o Atlético Tucumán na Copa Argentina, no dia 23 de julho, antes mesmo das oitavas de final. O Boca já havia dado adeus à Libertadores, ao Torneio Apertura e ao Mundial de Clubes.

RIQUELME PRESSIONADO E NOVAS MUDANÇAS NO BOCA JUNIORS

Diante da sequência de resultados negativos e protestos de torcedores, Riquelme avalia mudanças profundas na diretoria. A dissolução do conselho de futebol está em pauta, com nomes próximos ao presidente, como Mauricio Serna, Raúl Cascini e Marcelo Delgado, deixando seus cargos. O objetivo é aproximar Riquelme das decisões do clube e buscar um novo gestor para o futebol.

Em 2025, o Boca acumulou eliminações marcantes. Caiu na pré-Libertadores diante do Alianza Lima, foi eliminado nas quartas do Torneio Apertura e decepcionou no Mundial de Clubes, empatando por 1 a 1 com o Auckland City ainda na fase de grupos. Com a queda na Copa Argentina, resta ao time buscar uma reação no Clausura até o fim da temporada.