Santos, SP, 23 (AFI) – O Santos conseguiu garantir crédito com uma instituição financeira para arrematar o terreno do CT Rei Pelé, avaliado em cerca de R$ 70 milhões. O local, que pertence à União e está sob responsabilidade do clube desde 1996, irá a leilão autorizado pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). O clube mantém prioridade de compra e agora está respaldado para assegurar o espaço histórico no bairro do Jabaquara.

A negociação envolveu intensa articulação política junto ao Governo Federal, Prefeitura e SPU. Com o apoio do assessor especial da presidência, Júnior Bozzella, o Santos conseguiu adiar o leilão por alguns meses para buscar os recursos e evitar o risco de perder o terreno. Recentemente, o clube conquistou um avanço ao conseguir, junto à prefeitura, um projeto de lei que limita a área do CT a interesse esportivo, reduzindo a concorrência no leilão.

CT REI PELÉ E LEILÃO

O espaço de treinos do Peixe tem área total de 39.027,56 m², com 3.366,92 m² construídos. O leilão foi autorizado após a SPU cobrar pendências de “compensação social”, o que impediu o clube de renovar a concessão por mais 30 anos e levou as conversas para a venda do terreno. Durante as tratativas, a diretoria santista tentou acordo de crédito com a Caixa Econômica Federal, mas, diante da negativa, buscou outras opções no mercado financeiro e conseguiu o respaldo necessário. O nome do novo banco não foi revelado.

O assessor especial do Santos esteve em reuniões com representantes da Câmara Municipal, ministros e até com o presidente do Brasil para garantir a manutenção do patrimônio. Bozzella destacou: “Estamos salvando um patrimônio importante e um legado de um clube centenário. Esse patrimônio é eterno. É uma conquista gigantesca”.

SANTOS E PATRIMÔNIO GARANTIDO

O edital do leilão ainda não foi divulgado, assim como a data e o valor mínimo. O Peixe segue respaldado em diversas frentes, com prioridade estabelecida para compra do CT Rei Pelé. O clube precisa cumprir requisitos de compensação social para manter o caráter de doação da área, conforme exigência da União.

A diretoria segue acompanhando de perto os desdobramentos para garantir que o CT siga sendo parte do patrimônio santista, considerado um verdadeiro trunfo para o futuro do clube.