Salvador, BA , 16 (AFI) – O empate sem gols contra o América de Cali, na Fonte Nova, não frustrou apenas a torcida do Bahia. Rogério Ceni, mesmo poupando titulares, deixou o campo incomodado com a falta de efetividade ofensiva. Mas foi na entrevista coletiva que o técnico se mostrou mais direto: o problema não é apenas tático — passa também por uma questão de confiança.

“Nota-se que falta um pouco de confiança para o Cauly, mas é interessante, ele sempre nos ajuda, é um ativo do clube. Não dá para trocar um jogador porque fez uma partida ruim, ou seis meses ruins”, afirmou. A análise foi além de uma resposta sobre rendimento individual. Soou como um recado geral: a oscilação não vai tirar ninguém do barco.

AUSÊNCIA DE WILLIAN JOSÉ

A ausência de Willian José, com entorse, pesou diante de um adversário que passou o jogo inteiro defendendo perto da própria área. “Contra um time que defende em linha baixa, o Willian fez falta, especialmente para dar mais presença na área. Mesmo assim, tivemos chances de vencer a partida”, comentou Ceni.

Sem um homem de referência, o treinador testou uma formação mais leve e móvel no segundo tempo, com Pulga centralizado entre Kayky e Ademir. A improvisação, no entanto, não deu a resposta esperada. “A gente não tinha treinado isso. O Pulga ficou pelo centro, é um jogador interessante, tentamos que ele atacasse os espaços.”

COBRANÇA POR EVOLUÇÃO

A cobrança por evolução apareceu também na crítica ao próprio elenco. Ceni destacou o esforço do grupo, mas deixou claro que o Bahia precisa de mais: “Fizemos o que era possível hoje. Tentamos de todas as maneiras. Entendo a frustração do torcedor.”

PRÓXIMO JOGO

Agora, o Tricolor terá de buscar a vaga fora de casa, na próxima terça-feira, na Colômbia. “O jogo não acabou. Podemos conseguir a classificação fora de casa, não vejo isso como impossível”, finalizou.