Madri, ES, 10 (AFI) – O acidente que resultou na morte dos jogadores portugueses Diogo Jota, do Liverpool, e seu irmão André Silva, ganhou novos capítulos após duas testemunhas negarem que os atletas estivessem em velocidade acima do permitido. Os irmãos perderam a vida em uma colisão na rodovia A-52, próxima a Palacios de Sanabria, na Espanha.

O relatório inicial da Guarda Civil apontava possível excesso de velocidade durante uma ultrapassagem, mas caminhoneiros que presenciaram o acidente contestam essa versão. Segundo eles, os jogadores trafegavam com calma.

ACIDENTE NA ESPANHA ENVOLVE JOGADOR DO LIVERPOOL

O caminhoneiro José Azevedo, que estava no local, garantiu que o carro não estava em alta velocidade. Ele afirmou ter filmado, parado e tentado ajudar, embora sem sucesso. Outro caminhoneiro, amigo de Azevedo, também confirmou que Diogo Jota e André Silva dirigiam tranquilamente antes da tragédia.

O acidente ocorreu por volta de 00h30, no quilômetro 65 da rodovia A-52, perto de Cernadilla, a cerca de 335 km de Madri. A suspeita é que um dos pneus do veículo tenha estourado, levando à perda de controle e ao incêndio do carro, resultando na morte dos irmãos.

CARREIRA DE DIOGO JOTA E DETALHES DA VIAGEM

De acordo com a esposa de Diogo, Rute Cardoso, eles viajavam para Benavente, a caminho de Santander, de onde partiriam para Portsmouth, na Inglaterra. Por recomendação médica, Diogo Jota evitava viagens de avião após cirurgia pulmonar recente.

Diogo Jota, de 28 anos, somava passagens por Gondomar, Paços Ferreira, Atlético de Madrid, Porto, Wolverhampton e Liverpool. No clube inglês, atuou em 182 partidas, anotando 65 gols e 22 assistências, com conquistas como a Premier League, Copa da Inglaterra e duas Copas da Liga Inglesa. André Silva, 25, defendia o Penafiel, da segunda divisão portuguesa. Diogo deixa três filhos.