Santos, SP, 26 (AFI) – O Santos protocolou recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para adiar o pagamento da dívida de 2,5 milhões de euros, cerca de R$ 16 milhões, ao Arouca pela contratação do zagueiro João Basso. O clube português demonstrou insatisfação com o movimento do Peixe, que busca postergar a quitação do débito reconhecido pela FIFA.

O diretor-geral do Arouca, Joel Pinho, afirmou que o Santos já deveria ter pago o valor, criticando a tentativa de parcelamento e a estratégia de recorrer ao CAS. Segundo ele, o clube brasileiro não tem justificativa válida para o atraso.

DÍVIDA DO SANTOS COM O AROUCA SEGUE EM ABERTO

O Peixe realizou apenas o pagamento da primeira parcela, de 500 mil euros. Sem novos depósitos há mais de um ano, o Arouca levou o caso à FIFA, que notificou o Santos em maio sobre a obrigação de quitar o restante da dívida pela contratação feita em julho de 2023.

O prazo de 45 dias dado pela entidade máxima do futebol mundial se encerrou nesta terça-feira. O balanço de 2024 do Santos registra o débito ainda em aberto, equivalente a R$ 12,5 milhões, valor que sobe para quase R$ 16 milhões com juros e multa.

CAS ENTRA NO JOGO E PEIXE GANHA TEMPO COM REFORÇOS

Com o recurso no CAS, o Santos aguarda uma nova decisão, que pode demorar de seis meses a um ano. Enquanto isso, não há risco de punição imediata por parte da FIFA, o que garante ao clube a possibilidade de registrar novos reforços na sequência da Série B.

Em meio à crise financeira, o Peixe tentou negociar um acordo para pagar a dívida em 12 vezes, proposta recusada pela diretoria do Arouca. O dirigente português reforçou que o clube europeu não aceitaria parcelamento, alegando que a pendência já se arrasta há dois anos.