Corinthians se movimenta para liberar Arena com público total no Brasileirão

Falta de reconhecimento facial pode limitar torcida na volta do Timão ao Brasileirão

Corinthians acelera implantação do reconhecimento facial para evitar restrição de público na Neo Química Arena.

Neo Química Arena, do Corinthians
Neo Química Arena, do Corinthians

São Paulo, SP, 18 (AFI) – O Corinthians está em ritmo acelerado nos bastidores para garantir a Neo Química Arena com capacidade máxima já na retomada do Brasileirão. Com a nova regra que exige reconhecimento facial para estádios acima de 20 mil lugares, o clube vive uma corrida contra o tempo para adequar o estádio e não jogar com portões fechados para parte da torcida.

Desde o último domingo, começou a valer a obrigatoriedade do sistema biométrico, mas a Arena ainda não conta com a tecnologia instalada. A diretoria do Timão já apresentou às autoridades um cronograma de implantação, depois de reuniões com Polícia Militar e Ministério Público. O clube explicou que o atraso se deve a decisões da antiga gestão e à troca de comando no mês passado.

RECONHECIMENTO FACIAL NA NEO QUÍMICA ARENA

Para apressar o processo, o Corinthians já adquiriu 145 novas catracas e iniciou o cadastro facial dos sócios-torcedores. O plano é implementar o sistema gradualmente, setor por setor, ao longo de sete jogos. A expectativa interna é positiva, mas o clube admite que não conseguirá ter tudo pronto para o duelo do dia 13 de julho, contra o Red Bull Bragantino, pela Série A.

Extraoficialmente, a diretoria já foi alertada que, sem o reconhecimento facial em funcionamento, o público pode ser limitado a menos de 20 mil pessoas. O Timão tenta duas alternativas: ampliar o prazo de instalação por mais três meses ou garantir que apenas o cadastro biométrico dos compradores de ingresso seja suficiente, mesmo que o sistema ainda não esteja ativo nas entradas.

BRASILEIRÃO E PRESSÃO POR ADEQUAÇÃO

O Corinthians trabalha para evitar um prejuízo duplo: esportivo e financeiro, caso a capacidade seja reduzida. Para agilizar a adequação, dobrou o número de funcionários dedicados ao atendimento dos sócios-torcedores e prepara ações de comunicação para orientar o público.

O clube também enfrenta outro desafio: o gramado da Neo Química Arena está em manutenção, o que impede a realização de eventos-teste durante a pausa do calendário. O atraso no reconhecimento facial se deve, ainda, a divergências internas sobre a fornecedora da tecnologia. Com a troca na presidência, o contrato com a antiga empresa foi rompido e uma nova parceria foi fechada. Desde segunda-feira, o cadastro biométrico está disponível para os torcedores.

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