Santos se defende na justiça em processo sobre aluguel de carro para Soteldo
Clube alega desconhecer contrato e nega responsabilidade por dívida cobrada por agência de turismo.
Santos, SP, 13, (AFI) – O Santos está envolvido em um imbróglio judicial relacionado ao atacante Yeferson Soteldo. Uma agência de viagens e turismo de São Paulo entrou com uma ação cobrando do clube R$ 47.050,91, valor referente ao aluguel de um carro supostamente disponibilizado ao jogador durante sua passagem pelo Peixe, entre 2022 e 2023.
A empresa alega que o clube alugou um veículo Tucson GLS 1.6 para facilitar o deslocamento do atleta enquanto ele atuava pelo Santos e que, após sua transferência para o Grêmio, em 2023, o carro não foi devolvido no prazo estipulado. O atraso na devolução teria gerado multas contratuais, aluguéis em atraso e infrações de trânsito, que agora são cobradas na Justiça.
O Peixe, no entanto, nega qualquer responsabilidade sobre o caso e afirma que não contratou nenhum aluguel de veículo para Soteldo.
O QUE DIZ A AGÊNCIA?
A agência argumenta que o carro deveria ter sido devolvido assim que Soteldo deixasse o Santos, mas que isso não ocorreu. Em um trecho da ação, a empresa afirma que chegou a cogitar solicitar busca e apreensão do veículo devido ao paradeiro desconhecido.
A devolução só teria ocorrido em abril de 2024, após insistentes cobranças por e-mail ao advogado do jogador. Durante o período em que esteve com o veículo, Soteldo teria cometido 11 infrações de trânsito, incluindo excesso de velocidade na Rodovia dos Imigrantes e conversão proibida em uma avenida de Santos.
Diante do suposto descumprimento do contrato e da falta de pagamento pelos custos adicionais, a agência recorreu à Justiça para receber o valor devido.
O QUE DIZ O SANTOS?
Na defesa apresentada à 8ª Vara Cível de Santos, o Santos alega que não reconhece qualquer obrigação contratual com a agência de turismo e que não há documentos que comprovem que o clube tenha firmado esse aluguel de veículo.
O departamento jurídico do Peixe, representado pelo advogado Daniel Curi, argumenta que “nada contratou, logo, nada deve”, ressaltando que os documentos apresentados pela empresa não têm validade contratual e são unilaterais.
“Na realidade, inexiste documento comprovando qualquer obrigação do Santos com a empresa. O Santos não contratou aluguel de carro e desconhece os e-mails citados na ação.”
O clube também sustenta que as alegações da agência não possuem respaldo legal e que a cobrança seria infundada.
O QUE PODE ACONTECER?
O caso agora segue em tramitação na Justiça, e a decisão final dependerá da análise das provas apresentadas por ambas as partes. Caso a agência consiga comprovar que o Santos assinou um contrato de aluguel do veículo, o clube pode ser condenado a pagar a dívida integralmente.
Por outro lado, se a Justiça considerar que não há vínculo contratual entre as partes, o Peixe ficará isento do pagamento e a empresa precisará buscar outro responsável pela cobrança, possivelmente o próprio Soteldo.






































































































































