Paraibano: Fotógrafo do Treze denuncia preparador do Botafogo por racismo

No momento do ocorrido, o árbitro Afro Rocha foi informado, colheu algumas informações, e posteriormente fez o relato na súmula

Treze
Foto: Divulgação

Campina Grande, PB , 03 (AFI) – O fotógrafo do Treze, Daniel Vieira, denunciou, neste domingo (2), o preparador físico do Botafogo-PB, Rafael Velfle, por racismo. O caso teria acontecido durante tumulto no fim do confronto entre os clubes.

O profissional afirmou que o funcionário do Belo teria chamado ele de “macaco” no final do jogo, após uma confusão envolvendo integrantes dos times.

A briga começou depois do mascote do Treze ter provocado a torcida do Botafogo-PB no apito final da partida. Daniel ouviu a ofensa e decidiu prestar um Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes, em Campina Grande.

Ainda de acordo com o clube, Lucas Mineiro tentou ir à delegacia registrar um boletim de ocorrência com o jogo em andamento, mas nenhum taxista que estava nos arredores do Marizão aceitou a corrida. O atleta acabou fazendo o BO online para não atrasar o retorno da delegação para Campina Grande.

No momento do ocorrido, o árbitro Afro Rocha foi informado, colheu algumas informações, e posteriormente fez o relato na súmula.

SOUSA-PB

O Sousa também se posicionou através de seus canais oficiais, prestando solidariedade, afirmando que não compactua com tais atos e que estará agindo em apoio às autoridades para que o caso seja elucidado.

CONFIRA A NOTA OFICIAL DO TREZE-PB

Nesse clima positivo de recuperação, de retomada de confiança mútua entre torcida e elenco, e dessa boa arrancada do Galo, com a 3ª vitória seguida, uma nota triste, que a gente gostaria que nunca fosse necessária, mas que a gente não pode, não deve e não vai deixar passar.

Em um momento de animosidade, o gaúcho Rafael Fernandes, preparador físico do time adversário de hoje, chamou o fotógrafo do Treze, Daniel Vieira de Araújo, de “macaco safado”.

A ofensa foi presenciada pelo radialista Jouberly Araújo e registrada em vídeo pelos profissionais do Blog do Márcio Rangel. O preparador físico foi conduzido à Delegacia pela Polícia Militar. Daniel foi registrar a ocorrência acompanhado pelo Diretor Jurídico do Treze, e a testemunha também foi ouvida. O vídeo foi entregue ao Delegado e será periciado.

No calor do trabalho e tentando contornar um princípio de desentendimento, Daniel afirma que a princípio nem processou direito a ofensa. Nesse momento foi advertido por Jouberly, que perguntou se ele tinha se dado conta da gravidade do insulto. Daniel chegou a se dirigir a Rafael Fernandes, pediu respeito e pediu que ele se desculpasse. O preparador físico mostrou preocupação com a firmeza de Daniel, mas, acuado, teve o atrevimento de ameaçar o fotógrafo e de dizer que ele nem deveria estar ali.

A pressão do momento negativo e os ânimos exaltados são normais. Mas se de onde Rafael vem este insulto é normal, ele precisa entender que aqui é crime.

Uma pena. Quando as enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul atingiram milhares de conterrâneos de Rafael, inclusive sua família, a onda de generosidade da torcida do Treze foi a maior da Paraíba. Mas cada um dá o que tem.

Se em um momento de acirramento, ou mesmo de provocação, tão natural do futebol, alguém ainda se acha no direito de insultar outra pessoa em função da sua cor, é óbvio que o futebol ainda precisa de providências. Às vezes pela conscientização, mas quando for necessário, pela punição.

É o que esperamos pra este caso, enquanto prestamos assistência e suporte ao nosso profissional.

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