Justiça confirma extinção e zagueiro Renan, envolvido em acidente fatal, não pode ser condenado

A decisão foi da juíza Nicole de Almeida Campos Leite Colombini, da 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista

Com isso, o defensor, que está atuando nos Emirados Árabes, não poderá mais ser condenado pelo ocorrido

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Renan, com a camisa do Red Bull bragantino

Bragança Paulista, SP, 05 (AFI) – Assim como era esperado, a extinção da pena do zagueiro Renan, ex-Palmeiras e Red Bull Bragantino, envolvido em um acidente fatal em 2022, foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça de São Paulo na última segunda-feira. Isso só foi possível, pois o jogador fez um acordo com o Ministério Público e com a família da vítima.

A decisão foi da juíza Nicole de Almeida Campos Leite Colombini, da 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista. Com isso, o defensor, que está atuando nos Emirados Árabes, não poderá mais ser condenado pelo ocorrido. Ele pagou quase R$ 1,8 milhão para ampliar os leitos de hemodiálise da Santa Casa para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS), que deve beneficiar entre 120 e 200 pacientes por mês.

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ACORDO

O acordo de não persecução penal, ao qual a reportagem teve acesso, aponta que Renan é réu primário, confessou os fatos descritos na ação e firmou acordo com a família da vítima para indenização das filhas de Eliezer, cumprindo com a reparação de danos. Também é destacado que a viúva de Eliezer está ciente e concordou com o acordo.

Renan teve seu vínculo de empréstimo com o Red Bull Bragantino encerrado dias após o acidente. O atleta, que pertencia ao Palmeiras, também teve o contrato com o clube alviverde encerrado por justa causa. No mês de abril, o portal Nosso Palestra noticiou que o zagueiro contesta na Justiça o fim do vínculo nesses termos e cobra indenização de cerca de R$ 4,6 milhões.

Em agosto de 2022, pouco mais de um mês após o acidente, Renan foi liberado pela Justiça para deixar o País e atuar no futebol dos Emirados Árabes Unidos. Desde então, ele veste a camisa do Shabab Al-Ahli, atual vice-líder do campeonato local.

RELEDMBRE O CASO

O acidente envolvendo o jogador, que tinha 20 anos à época, ocorreu na manhã do dia 22 de julho. O carro dele, um Honda Civic, invadiu a faixa contrária e colidiu de frente com a motocicleta CG 160 conduzida por Eliezer, que morreu no local. A vítima, que morava em Bragança Paulista e estava a caminho do trabalho em Itatiba, deixou a mulher e duas filhas.

Renan foi autuado em flagrante e se recusou a fazer o teste de bafômetro. De acordo com o 2º sargento Anderson Rodolfo, da Polícia Rodovia Estadual, ele exalava “hálito com odor etílico”. Uma garrafa de bebida alcoólica também foi encontrada perto do carro e a perícia vai verificar se há nelas digitais do defensor. O caso foi registrado no Plantão da Delegacia Seccional de Bragança Paulista e é investigado pelo 1º DP da cidade.

Horas depois do acidente, o jogador foi encaminhado à delegacia. Lá, permaneceu calado e novamente se recusou a passar pelo teste do bafômetro. No dia seguinte, o atleta passou por audiência de custódia no fórum de Bragança Paulista e foi solto mediante o pagamento de 200 salários mínimos, o equivalente a cerca de R$ 242 mil, que foram, posteriormente, revertidos em favor da família da vítima.

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