Foi o Guarani sendo o Guarani desta competição, com futebol pobre e justificando a posição que se encontra. Todavia, os deuses dos estádios decidiram ampará-lo.
O empate ainda o deixa em situação de ameaça nesta reta final de Paulistão, mas há quem diga que 'dos males teria sido o menor'.
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 1 (AFI) – O empate obtido pelo Guarani por 1 a 1, diante do Botafogo em Ribeirão Preto, na noite desta sexta-feira, ainda o deixa em situação de ameaça nesta reta final de primeira fase do Paulistão, mas há quem diga que ‘dos males teria sido o menor’.
Foi o Guarani sendo o Guarani desta competição, com futebol pobre e justificando a posição que se encontra.
Todavia, os deuses dos estádios decidiram ampará-lo.
O pênalti do goleiro Michael sobre o atacante bugrino Marlon foi marcado corretamente, com chute do lateral-direito Diogo Mateus e defesa do goleiro, no canto direito.
Daí à repetição da cobrança, com argumento de invasão de jogadores a área, isso raramente ocorre, pois trata-se de ato costumeiro nas cobranças, sem indicação de que seja repetida.
Na segunda oportunidade, o lateral bugrino converteu, com chute invertido no canto esquerdo, aos 50 minutos.
BRAGANTINO POUPA?
Agora, para não depender de outros resultados de encrencados no pelotão de baixo da classificação, o jeito, para o Guarani se livrar do risco de rebaixamento, seria vencer o Bragantino, no domingo subsequente.
E parece que os deuses dos estádios acenaram mais uma vez para ele, pois o seu último adversário, nesta primeira fase do Paulistão, está envolvido em fase decisiva da pré-Libertadores, com confrontos diante do Botafogo carioca nas duas próximas quartas-feiras.
Como o técnico Pedro Caixinha, do Bragantino, já havia sinalizado priorizar a competição internacional, indicando que pouparia titulares em confronto do Paulistão, eis aí a possibilidade de o Guarani explorar um adversário com time alternativo, em busca de vitória que provavelmente o livre de qualquer risco.
SETE PONTOS
Ao subir para sete pontos e se igualar à Portuguesa na classificação, o jeito será o bugrino torcer contra concorrentes diretos com programação de jogos para este sábado, todos com transmissões pelos canais da Internet Paulistão Play e CazéTV.
A expectativa é que prevaleça o favoritismo do Corinthians diante do lanterna Santo André, cinco pontos, a partir das 16h, na Neo Química Arena, capital paulista.
Depois, às 18h, que a Portuguesa, sete pontos, atuando em seu Estádio do Canindé, não pontue diante do Mirassol. E completando os jogos de seu interesse, a partir das 20h, que o Ituano, com seis pontos, seja derrotado no confronto contra a Inter, em Limeira.
Mesmo convencionando-se que ocorra toda essa combinação de resultados, para o Guarani tudo ainda fica amarrado para a última rodada.
PONTE PRETA
Caso haja desconfiança de vitória sobre o Bragantino, o jeito do bugrino será continuar torcendo por tropeços de concorrentes diretos.
Por que não dizer escancaradamente e sem constrangimento que vai torcer para a sua rival Ponte Preta no mínimo empatar com o Santo André?
Assim, seria um a menos na briga entre os dois que serão rebaixados.
Jogos que eventualmente o bugrino terá que ficar de olho, na última rodada, serão Ituano x São Paulo, em Itu, e a Portuguesa em Novo Horizonte, diante do Novorizontino, no domingo subsequente.
DOIS TIMES FRACOS
Se o Botafogo estivesse na zona de encrenca, não seria nada de anormal. O futebol que pratica é tão pobre quanto ao Guarani. Abusa de ligação direta, erros de passes e incapaz de infiltrações.
Assim, o jeito foi chegar ao gol de forma ‘doada’ pelo Guarani, em erro crasso de seu volante Camacho, em tentativa de saída de bola, ao presentear o centroavante Alex Sandro, que chutou rasteiro, no canto esquerdo do goleiro Vladimir, aos 28 minutos do primeiro tempo.
Nem a cabeçada do zagueiro bugrino Léo Santos, com bola na trave do Botafogo, aos 40 minutos, assustou, porque a posição era de impedimento.
GOL ANULADO
A árbitra Edina Alves marcou falta do atacante Reinaldo no goleiro Michael, aos três minutos do segundo tempo, invalidando a sequência da jogada em que o meia Régis havia empurrado a bola para a rede.
Aí, enquanto o Botafogo se preocupava em administrar a vantagem, o Guarani tinha mais volume de jogo ofensivo, sem que isso implicasse em criar chances reais para chegar ao empate.
Correu, sim, o risco de sofrer o segundo gol, quando o atacante botafoguense Douglas Baggio explorou a sua defesa desguarnecida, invadiu a área, e cara a cara com o goleiro Vladimir, chutou a bola em cima dele, aos 40 minutos do segundo tempo.
Aí veio o pênalti que transformou o empate em menor dos males.