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Campinas, SP, 17 (AFI) – Que jogo cheio de alternativas foi provocado neste empate por 1 a 1 entre Ponte Preta e Ituano, na noite deste sábado, em Campinas. Tem-se que reconhecer que o time de Itu veio ao Estádio Moisés Lucarelli com propósito de vencer a partida, tanto que se atirou ao ataque desde o início.

Como foi para o segundo tempo em desvantagem no placar, mostrou-se perseverante na busca, em última análise, pelo empate, obtido com incontestável justiça.

A Ponte voltou a mostrar o espírito de luta característico, mas, desta vez, com vacilo de marcação no seu miolo de zaga que, se fosse bem aproveitado pelo adversário, poderia até lhe custar a derrota.

SUBSTITUIÇÕES DA PONTE

A partir da metade do segundo tempo, quando o volume ofensivo de jogo do Ituano era nitidamente superior, algumas providências práticas poderiam ter sido tomadas pelo treinador João Brigatti, mas não ocorreram.

Demorou para ter substituído o meia Élvis, já desgastado, e na troca, aos 30 minutos, o recomendável seria fechar mais a cabeça da área com a entrada de outro volante, no caso Fraga, o que não ocorreu.

Lateral-direito Igor Inocêncio esteve abaixo do esperado na marcação e sem consistência ofensiva, em jogo que se recomendava ter sido substituído por Luiz Felipe, o que não ocorreu.

Se a saída do atacante Iago Dias foi decorrente de cansaço ou lesão, se justifica, quando o indicado para substituição seria o centroavante Jeh, que havia se movimentado bastante e mostrava sinais de cansaço.

ALTERNATIVAS

Precisando fugir das últimas posições na tabela, o Ituano partiu para o ataque e durante os primeiros 16 minutos de partida, quando teve mais volume, criou duas chances através do centroavante Zé Carlos.

Na primeira, ao finalizar, foi travado pelo zagueiro Castro; depois, em descuido de marcação da defensiva pontepretana, ficou cara a cara com o goleiro Pedro Rocha, mas o chute saiu à esquerda da meta.

A partir disso, a Ponte Preta, que dava chutões em vez de valorizar a saída de bola, passou a equilibrar a partida, e também criou chances, com diferencial que soube aproveitar uma delas.

IAGO DIAS

Se as finalizações de Iago Dias e Jeh não tiveram direção, em outra chance Iago Dias não desperdiçou.

Em bola ‘quebrada’ pelo goleiro Pedro Rocha, o atacante da Ponte Preta ganhou inicialmente a disputa com o meia Eduardo Person, depois aplicou drible seco que fez o lateral Léo Duarte sujar o calção, pois ficou esparramado no gramado, e, para completar a beleza do lance, o chute certeiro fez a bola ganhar direção do ângulo superior direito do goleiro Jefferson Paulino, aos 43 minutos.

No minuto anterior, a defesa da Ponte deixou Bruno Alves livre de marcação, mas o chute, em direção do goleiro Pedro Rocha, possibilitou que ele praticasse a defesa.

SEGUNDO TEMPO

Se até a metade do segundo tempo havia registro de uma chance real de gol desperdiçada de cada lado, depois disso foi o Ituano quem rondou mais a meta pontepretana.

Se aos 25 minutos Zé Carlos desperdiçou chance clara, após rebote do goleiro Pedro Rocha, no lance seguinte, criado pela Ponte Preta, Iago Dias teve a chance de finalizar, quis aplicar um drible a mais e foi travado no chute.

Aí, aos 32 minutos, o meia Eduardo Person lançou Zé Carlos, livre de marcação, que só teve o trabalho de finalizar rasteiro, no canto esquerdo da meta pontepretana: 1 a 1. Em seguida, o mesmo Zé Carlos perdeu gol incrível, após bola rebatida por Pedro Rocha, naquele que seria o gol da virada do Ituano.

E quando desesperadamente a Ponte ainda tentou se lançar ao ataque, em bola espirrada já dentro da área, o zagueiro Edson chutou fraquíssimo, facilitando a defesa de Jefferson Paulino.

DISPUTA COM ÁGUA SANTA

No plano de buscar vaga à segunda fase deste Paulistão, o empate foi desastroso para a Ponte Preta, na disputa travada com o Água Santa pela segunda vaga do Grupo B.

Como ela subiu apenas para 13 pontos, agora resta esperar pelo tropeço do Água Santa, que vai enfrentar a Inter de Limeira a partir das 20h deste domingo, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas.

Por que Brinco de Ouro?

Porque a Federação Paulista de Futebol reprovou as condições do gramado da Arena Inamar, em Diadema, e o Canindé, que seria outra opção, estará ocupado para o jogo entre Portuguesa e Guarani. Caso se confirme derrota do Água Santa para a Inter, ele estacionaria nos 11 pontos.

Logo, para que a Ponte Preta independa do desempenho do concorrente direto nos jogos restantes, teria que vencer as disputas contra Corinthians, na capital paulista, Novorizontino em Campinas, e fora de casa diante do Santo André.

Evidente que proporcionalmente a exigência de somatória de pontos à Ponte Preta passaria a ser menor, convencionando-se tropeços do Água Santa.