Paulista A2: Do céu ao inferno! 19 anos depois do título, São Caetano é rebaixado para A3

Sensação do começo do século XXI, com título Paulista, vice-campeonato Brasileiro e da Libertadores, o São Caetano acabou rebaixado para o Campeonato Paulista da A3

Dependendo só de si, o Azulão acabou derrotado para o Linense por 2 a 0, no último sábado e agravou ainda mais sua crise.

São Caetano 0 x 1 Primavera - Azulão não reage e é derrotado em casa na estreia da A2
São Caetano está rebaixado para A3 do Paulista (Foto: Divulgação/Ads)

São Caetano, SP, 13 (AFI) – Sensação do começo do século XXI, com título Paulista, vice-campeonato Brasileiro e da Libertadores, o São Caetano acabou rebaixado para o Campeonato Paulista da A3. Dependendo só de si, o Azulão acabou derrotado para o Linense por 2 a 0, no último sábado e agravou ainda mais sua crise.

19 anos atrás, o clube era campeão do Paulistão em cima do Paulista de Jundiaí, então comandado por Muricy Ramalho. Na época, o São Caetano ainda foi vice campeão da Libertadores, perdendo para o Once Caldas-MEX do Campeonato Brasileiro de 2000, sendo vice do Vasco da Gama, num dos capítulo mais triste do futebol, onde mais 140 torcedores acabaram feridos, após o alambrado ceder em São Januário.

Atualmente, o clube se afundou numa crise sem fim. O clube promoveu um leilão do seu departamento de futebol, porém, não houve um lance sequer.

Se afundando cada vez mais, o São Caetano caiu para A3 do Paulista. Com troca de treinador, elenco recheado de medalhões que pouco agregaram o futebol do Azulão, o clube terminou em 15º lugar, com apenas 12 pontos de 45 disputados.

Na campanha vexatória, o clube frequentou boa parte o Z2, mas teve um respiro nas rodadas finais, dependendo só de si para escapar.

A única missão do São Caetano era vencer o Linense, que apenas cumpria tabela. O São Caetano entrou na 15ª rodada fora da zona rebaixamento, mas não fez o resultado e viu o Monte Azul, que passou o campeonato inteiro na lanterna, escapar na última rodada, com uma vitória sobre o Lemense.

Juntando os cacos, São Caetano retorna para a A3, que não frequentava desde 1998, anos antes da reestruturação e vir ser a sensação dos anos 2000.

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Em pé: Serginho, Gilberto, Ânderson Lima, Gustavo, Dininho, Luís, Thiago, Silvio Luiz e Lúcio Flávio. Agachados: Fabrício Carvalho, Euller, Marcinho, Triguinho, Somália, Fábio Santos, Warley, Marcelo Mattos, Mineiro e Anaílson

SENSAÇÃO DOS ANOS 2000

Início dos anos 2000 e o São Caetano surge como uma bomba no futebol brasileiro. Literalmente uma bomba. Pois foi numa falta cobrada da intermediária no Maracanã, que o atacante Adhemar, ídolo do clube, fez um golaço e deu a vitória para o Azulão no mata-mata contra o Fluminense na Copa João Havelange. Mais de 60 mil pessoas acompanharam esta partida.

Deste dia até meados dos anos 2000, o clube viveu o auge. Boas campanhas, títulos, jogadores de seleção brasileira, competições internacionais e o calendário recheado.

Existia até uma frase característica na época. “Todo jogador quer atuar no São Caetano”. Isto era verdade, pois a equipe bem estruturada, além de pagar bons salários, não tinha a cobrança estafante de uma torcida de clube grande, muito menos da imprensa. De 2000 a 2007, o clube conquistou o vice da Copa Libertadores em 2002, campeão paulista em 2004, vice-paulista em 2007.

MORTE DE SERGINHO CONTRIBUIU

Um fato traumático também contribuiu para a queda do São Caetano. Em 2004, num jogo contra o São Paulo, o zagueiro, capitão e ídolo da torcida Serginho, sofreu uma arritmia cardíaca e morreu dentro de campo. O então presidente Nairo Ferreira de Souza, além do médico Paulo Forte, foram acusados de homicídio culposo. O médico inclusive pegou um gancho de quatro anos imposto pelo STJD.

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