Náutico e Guarani: Abusos de técnicos resultam no empate

As trocas feitas pelos dois técnicos no intervalo, mudaram o panorama do jogo no Estádio dos Aflitos. Há muita insistência com determinados jogadores.

Seja como for, o resultado espelha com fidelidade o predomínio de cada equipe em um tempo de jogo. O Guarani deixou a zona de queda

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Empate nos Aflitos. Foto: Marlon Costa (especial para o GFC)

Campinas, SP, 3 (AFI) – Departamento médico do Guarani informou que o volante Rodrigo Andrade e atacante Júlio César deixaram o gramado durante o intervalo, na partida contra o Náutico, devido à lesões no joelho.

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Não fosse véspera de dérbi, a maioria acreditaria cegamente na versão. Todavia, em se tratando da proximidade de mais um dérbi campineiro, desconfiança é inevitável.

E se ambos estiverem são e salvos no domingo, no Estádio Brinco de Ouro, para enfrentar a Ponte Preta?

Neste empate por 1 a 1, na noite desta quarta-feira no Estádio dos Aflitos, em Recife, no complemento da quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, a televisão mostrou Rodrigo Andrade sentir desconforto no joelho.

Teria isso ocorrido com Júlio César e não flagramos?

Seja como for, o resultado espelha com fidelidade o predomínio de cada equipe em um tempo de jogo.

ROBERTO FERNANDES

E por que o Guarani foi melhor durante o primeiro tempo?

Porque encontrou espaços pra jogar.

Há treinadores de futebol que adoram dar uma inventadinha e depois correm pra corrigir a besteira feita.

A pretexto de rodar o elenco, pra poupar jogadores, o técnico do Náutico, Roberto Fernandes, escalou o fraco lateral-direito Thassio e deixou na reserva um atleta rodado em grandes clubes como Victor Ferraz.

Sim, dirão que Ferraz está se recondicionando, mas com a possibilidade de se queimar cinco alterações, porque o desperdício de um Victor Ferraz na reserva, se quando ele entrou o Náutico ganhou fluxo ofensivo pelo lado direito?

O mesmo se aplica ao volante Ralf, de mobilidade, que até chutou bola na trave.

Teria Roberto Fernandes subestimado a capacidade do Guarani pra deixar quem sabe jogar no banco e vir pro jogo com o discretíssimo Eduardo no meio de campo? Isso pra depois trocar por Ralf, que não é aquele ex-Corinthians.

Será que só nós, em Campinas, chegamos a clara constatação que o atacante Niltinho não passa disso visto durante o primeiro tempo, ou seja: quase nada?

Aí entrou Pedro Victor com bom balanço e ajudou na melhoria de rendimento do Náutico.

Portanto, quando questionarem por aí sobre decréscimo de rendimento do Guarani durante o segundo tempo, associe a correção dos próprios erros cometidos por Roberto Fernandes às mexidas descompensadas do treinador Daniel Paulista, que no frigir dos ovos resultaram nisso que o bugrino viu.

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Guarani sofreu empate nos acréscimos. Foto: Marlon Costa (especial para GFC)

PRIMEIRO TEMPO

Válida a participação do Guarani durante o primeiro tempo, porque soube explorar espaços exagerados que o Náutico dava no meio de campo, para que pudesse trabalhar a bola e se aproximar da área adversária.

Aquele predomínio implicou em finalização de longa distância de Júlio César com a bola se chocando no travessão, e aos 27 minutos o belo gol do atacante Bruno José, que se infiltrou entre os zagueiros e tocou na saída do goleiro Lucas Perri.

Foi o período em que o Guarani poderia ter ampliado através de Júlio César, em contra-ataque, mas escorregou no momento da finalização, o chute foi fraco, e o lateral Thassio, que hesitou no nascedouro da jogada, se recuperou e salvou o gol aos 42 minutos.

Mesmo com predomínio do Guarani, houve risco dele sofrer gol por descuido do zagueiro João Victor, que permitiu cabeçada do atacante Léo Passos, que exigiu defesa difícil do goleiro Kozlinski.

SEGUNDO TEMPO

Conforme citado, com interferência dos treinadores o panorama se modificou no segundo tempo.

Se Índio, substituto de Rodrigo Andrade, ficou devendo, como de praxe, o que o Guarani acrescentaria como atacante Ronald?

Apenas motivo para o bugrino lamentar a falta de imaginação dele em dois contra-ataques.

No primeiro, depois de driblar o goleiro Lucas Perri fora da área, tentou o passe para Bruno José, em bola interceptada por Ralf.

De certo o torcedor bugrino soltou um palavrão e gritou: ‘é pra chutar pro gol vazio’.

Depois, quando arrancou com a bola, mas o chute foi telegrafado para defesa de Lucas Perri.

Parece que Daniel Paulista tapa os olhos e fecha os ouvidos sobre qualquer citação a respeito de seu elenco.

Só isso para explicar a insistência com o atacante Yago.

Até quando a característica de jogo oferece espaço para que explorasse a velocidade, nada aconteceu quando substituiu Bruno José.

MAIS UM ZAGUEIRO

E por que tirar um meio-campista, caso de Eduardo Person, pra enfiar mais um zagueiro no time, com a entrada de Derlan?

Se o argumento seria se precaver de bola alçada do Náutico no final do jogo, logo ele cai por terra.

O gol de empate do Náutico foi fruto de jogada aérea, com cruzamento da direita, falha do goleiro Kozlinki e cabeceada do atacante Amarildo, aos 49 minutos do segundo tempo.

Naquela altura, o lateral-esquerdo Matheus Pereira já havia dado lugar para Eliel, e a jogada transcorreu por ali.

Teriam resguardado Matheus Pereira para o dérbi, visto que está pendurado?

CASTIGO MERECIDO

Convenhamos que por essas e outras – principalmente a irritante cera – o Guarani sofreu um castigo merecido.

A rigor, só escapou do empate antes dos acréscimos devido às importantes defesas praticadas por Kozlinki, em finalizações de Pedro Victor, Rhaldney e Amarildo, antes de fazer o gol de empate.

Acrescente bola na trave em conclusões de Léo Passos e Ralf.

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