Blog do Ari: Até quando vão fechar os olhos para erros da Ponte Preta?

Até quando vão fechar os olhos para erros estruturais da Ponte Preta?

Blog do Ari analisa a Macaca que voltou a apresentar erros básicos e que poderiam ser corrigidos antes que a situação fique mais difícil

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Macaca jogou muito mal no ABC. Foto: Mauro Horita/Agência Paulistão

Campinas, SP, 5 (AFI) – Blog do Ari analisa a Macaca. Por vezes analistas de futebol se rendem à postura passional de torcedores e dançam conforme a música. Se o time vence, elogios; se perde, críticas.

Na vitória pontepretana diante do Novorizontino, foi citado aqui que após início de Paulistão vacilante seria mais relevante avaliar a pequena melhora de rendimento dela em vez de cravar pontos em que ainda carecem de ajustes.

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Grifem a avaliação ‘pequena melhora’, que teve muito a ver também com a postura inobjetiva do Novorizontino, time que rodava a bola no ataque, porém sem contundência para penetração, e assim o goleiro pontepretano Ygor Vinhas sequer foi exigido em lance mais agudo ao longo da partida.


ERRO DE KLEINA

Qualquer avaliação da derrota da Ponte Preta para o São Bernardo por 2 a 0, no grande ABC, na manhã/tarde deste sábado, passa necessariamente por conceito equivocado de seu treinador Gilson Kleina, a começar pela escolha de jogadores.

Sabia-se claramente que Fabrício é um zagueiro lento e o erro foi contratá-lo. Pior ainda é escalá-lo.

Como o atleta não tem recuperação e é batido com facilidade por adversários mais rápidos, se posiciona muito atrás e consequentemente empurra o seu companheiro Fábio Sanches ao mesmo posicionamento recuado.

Erro estrutural porque essa postura implica em distanciamento entre compartimentos da equipe, quando o futebol moderno exige compactação.

Logo, a Ponte oferece espaços exagerados para o adversário trabalhar a bola e se aproximar de sua própria área. Aí, quando a bola é recuperada, a distância entre os seus jogadores sugere erros de passes alongados.

É incompreensível o desperdício do zagueiro novato Thiago Lopes na reserva e a escalação equivocada de Fabrício.

MATHEUS JESUS

O cenário se agrava pela instabilidade técnica-física do volante Matheus Jesus.

Se no ‘sereno’ da noite conseguiu correr um pouco contra o Novorizontino, no calorão do meio-dia sucumbiu e sobrecarregou o esforçado volante Léo Naldi, mesmo com recuos do atacante Niltinho e meia Fessim para ajudá-lo na marcação.

Logo, a Ponte nem marcou, nem criou objetivamente nada no ataque ao longo da partida.

Duvida? Goleiro Oliveira Júnior praticou apenas uma defesa, no centro da meta, em chute rasteiro de Fabrício numa cobrança de falta.

Disso se aproveitou o São Bernardo, que nada mais tem de que a prática de um futebol de conjunto, para chegar ao primeiro gol, em lance que o atacante Davó fez a ‘parede’ diante de Fabrício e só rolou a bola para a finalização de Vitinho, aos 18 minutos do primeiro tempo.

MATHEUS ANJOS

De que adiantaria troca simples do apagado Niltinho pelo meia Matheus Anjos se o formato da equipe pontepretana em campo não foi modificado?

Se já havia acomodação do São Bernardo durante o segundo tempo, preocupado em se precaver defensivamente para sustentar a vantagem, a situação ficou mais confortável quando Davó foi lançado livre pelo lado direito, aos 35 minutos, exigiu defesa do goleiro Ygor Vinhas na finalização, mas o rebote se ofereceu ao volante Igor Fernandes, que chutou forte com o gol aberto: 2 a 0.

ZANARDI

Se a Ponte Preta de fato se aproximou mais da área do São Bernardo no segundo tempo, isso não foi traduzido em chances de gols.

A rigor, tivesse o treinador Márcio Zanardi, do São Bernardo, percepção de que o recomendável seria sacar o atacante Paulinho Moccelim, que andava em campo, provavelmente teria gás novo para puxar contra-ataques.

EBERLIN

Logo, o cenário requer reflexão do presidente pontepretano Marco Eberlin sobre a condução do futebol de seu clube e erros não corrigíveis.

Vale a pena a insistência com o treinador Gilson Kleina, com a suposta autonomia, ou seria o caso do dirigente interceder para correção de rumos equivocados?

De uma forma ou de outra, o dirigente precisa agir rapidamente, até porque enxerga futebol duzentas vezes à frente de seu antecessor Sebastião Arcanjo.

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