Onde Anda: Elivélton, lateral ex-Sampa, Timão e Ponte Preta
Campinas, SP, 21 (AFI) – O futebol do interior paulista é cheio de surpresas. Em Franca, na Francana, time que disputa a Série A3 do Paulista, pode se encontrar Elivélton (foto), um dos maiores vencedores da história do futebol brasileiro. Com 36 anos, o lateral-esquerdo continua com fama de pé-quente.
É um dos líderes da equipe, surpreendente segunda colocada. Até parece que a diretoria da Francana apostou no histórico de Elivélton para conquistar o acesso em 2008. Em 17 anos de carreira, foram 11 títulos, incluindo três Libertadores e um Mundial.
O lateral estava parado desde outubro do ano passado, quando deixou o União Rondonópolis-MT e passou a se dedicar a uma escolhinha de futebol em Alfenas-MG – ele é mineiro de Serânia. Mas a paixão pelo futebol falou mais alto e como ainda tem, e muito, pulmão, aceitou a proposta da Francana.
Pé-quente injustiçado
Elivélton Alves Rufino foi descoberto pelo mestre Telê Santana, em 1990. Sua estréia, ainda como ponta-esquerda, foi, talvez, um dos únicos momentos ao longo dos anos dedicado ao futebol, que não teve sorte: o Tricolor foi derrotado pelo Palmeiras, por 2 a 1.
Deslanchou
O primeiro título como profissional foi o Paulista de 1991, pelo São Paulo, onde ainda conquistou o Brasileiro do mesmo ano, o Paulista do ano seguinte, as Libertadores de 1992 e 1993, além do Mundial de 1992.
Depois da Libertadores de 93, acabou negociado com Nagoya Grampus, do Japão. Ficou apenas um ano, mas o suficiente para vencer o campeonato nacional e ser eleito o melhor jogador da temporada. Tal destaque chamou a atenção do Corinthians e em 1995 ele voltou para o Brasil, para o maior rival do São Paulo, seu clube revelador.
A fama começou no Timão
Na primeira competição oficial vestindo a camisa do Corinthians, o Paulistão de 1995, Elivélton já caiu nas graças da Fiel. Foi dele o gol do título sobre o arqui-inimigo Palmeiras. O feito não fechou as portas no Palmeiras, para onde foi em 96, depois de conquistar, ainda pelo Corinthians, a Copa do Brasil de 95.
No Palmeiras, fez parte do timaço comandado por Vanderlei Luxemburgo e que ficou conhecido como o ataque dos 100 gols, campeão Paulista de 96. Talvez o único problema de Elivélton é que nunca conseguiu passar muito tempo em um mesmo time.
Problema talvez, pois, por onde passou deixou saudade e marcas eternas. A torcida do Cruzeiro que o diga. Na Libertadores de 97, depois de já ter sido um dos destaques do título Mineiro, o lateral deu a competição continental à Raposa ao marcar o gol da vitória sobre o Sporting Cristal-PER, em um Mineirão lotado.
Rodou e rodou
O título da Libertadores foi o último título de relevância conquistado por ele. A partir de 1998, rodou por diversos clubes do Brasil: Vitória-BA, Internacional-RS, Ponte Preta, São Caetano, Bahia, Uberlândia-MG e Vitória-ES.
Última aparência de destaque
A passagem pela Ponte Preta, de 2001 a 2003, foi a última vez que Elivélton se destacou. No Majestoso, ele era um dos destaques do esquadrão composto por Washington, Ronaldão, Rodrigo, Macedo e Basílio, semifinalista do Paulistão e da Copa do Brasil de 2001.
E foi no dérbi do dia 28 de outubro de 2002 que Elivélton cravou seu nome na história da Macaca, atual líder do Paulistão. Fez, de pênalti, o último gol da vitória, por 4 a 2, de virada, no Brinco de Ouro da Princesa. Na oportunidade, parte da arquibancada onde estava a torcida da Ponte cedeu, e dezenas de torcedores ficaram feridos.
Seleção
Um currículo como esse não poderia deixar de ter convocações para a Seleção Brasileira. Ele disputou algumas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, além de ser titular no Pré-Olímpico de Assunção, em 1992.






































































































































