Opinião: Relembrando a história da Seleção dos Brasileiros

Uma cobertura excepcional da imprensa brasileira na Copa do Mundo, sem distinção entre escrita, falada ou televisada, sem deixar de lado os blogueiros e os twiteiros. Destaco também o apoio incondicional dos patrocinadores da Seleção Brasileira

Belo Horizonte, MG, 21 (AFI) – Uma cobertura excepcional da imprensa brasileira na Copa do Mundo, sem distinção entre escrita, falada ou televisada, sem deixar de lado os blogueiros e os twiteiros. Destaco também o apoio incondicional dos patrocinadores da Seleção Brasileira, que mesmo diante de um técnico, que procura se destacar como o “dono da seleção”, sabem que o nosso País e o nosso torcedor estão acima de tudo.

Se o Ronaldinho Gaúcho e o Ganso estivessem na Copa, a minha confiança no Brasil seria maior, com um banco de reservas mais forte para possíveis mudanças. De toda forma, sempre tivemos jogadores brasileiros apenas completando a lista. O tiro curto da competição permite isso, pois a seleção campeã faz apenas sete jogos. Doni, Kleberson e Grafite, nenhum deles deve entrar em partida decisiva e não são exceções, assim como o Dunga também não é. O fato do Dunga não ter convocado Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar, certamente diminuiu a pressão sobre ele.

Também vale ressaltar a confiança dos anunciantes na imprensa brasileira e, claro, na noss Seleção. Na hora da verdade vale o nosso coração verde e amarelo, vale o talento do jogador brasileiro, que mesmo sem um comando à altura, são os melhores do mundo, e a união deles pode fazer do Brasil, mais uma vez Campeão do Mundo, a exemplo do que já ocorreu em copas anteriores.

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É bom lembrar que em 1994 o Brasil inteiro pediu Ronaldo Fenômeno no time titular e o Parreira sabia que dava para ganhar a Copa, sem entregar os méritos a um garoto de 17 anos, como ocorrera em 1957, já em 2006, quando precisamos de algo mais do treinador, fomos eliminados, com um Roberto Carlos proibido de apoiar. Já li e ouvi tanta gente afirmando que Pelé ganhou a Copa de 58, Garringha a de 62, Romário a de 94 e Ronaldo Fenômeno a de 2002. Em 1950, quando perdemos a Copa, a culpa ficou no goleiro, em 1982 no pênalti perdido por Zico ou na troca errada de passe que envolveu Toninho Cerezo e Luizinho, em 1998 a eliminação ficou no problema com o Ronaldo.

Possivelmente o técnico que conquistou a maior confiança da imprensa e da torcida, no comando da Seleção Brasileira, tenha sido Telê Santana, e a seleção do Telê não ganhou a Copa. É bom que o Dunga saiba, que na história das conquistas da nossa seleção, nunca um técnico ficou com a fama e quando perdemos, também não ficaram com a culpa.

Na Copa de 70, em um período atípico da nossa história, que culminou com a saída de João Saldanha, o grupo se uniu, comandados por Pelé. Não deixaram tirar Tostão do time, pediram a escalação de Clodoaldo, arranjaram lugares para o Piazza e para o Jairzinho, materam Félix no gol, certos de que a melhor defesa brasileira seria o ataque, e, para mim o Brasil de 70 foi o maior espetáculo de todas as copas, Zagalo bateu palmas.

Agora, em 2010, se o Brasil ganhar a Copa, vamos louvar Kaká, Robinho, Luis Fabiano, Júlio César, Maycon, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, e nenhum deles foi uma descoberta do atual treinador, que não inovou nada. Agora, se o Brasil perder, não tenham dúvida, pela primeira vez o técnico ficará com a culpa, pois abriu mão de ter, no banco de reservas, jogadores que, se chamados a jogar, poderiam fazer alguma diferença. Na minha opinião, a decisão do Doni foi muito mais um ato de indiciplina, de desrespeito ao clube dele, que investiu nos direitos federativos, que paga os salários, do que um ato de patriotismo. Felizmente o Brasil é maior do que tudo isso, pois somos o maior celeiro de craques do mundo, por isso somos sempre candidato e favorito ao título mundial.

Não dá para esquecer também alguns bate-bocas do Dunga com a imprensa brasileira, como o dia em que ele justificou a não convocação do Ramires porque tinha o Kaká, ou mais recentemente quando ele disse que, historicamente, jogadores jovens nunca deram certo na seleção, sem contar a justificativa que ele deu para a convocação do Doni, como um prêmio por ele ter descumprido uma ordem do clube dele, que não o liberou após uma convocação, e mesmo assim o Doni se apresentou à Seleção Brasileira.

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