A qualificação técnica

Acredito que todos os clubes, antes de iniciarem seus campeonatos, fazem planejamentos. Bons ou ruins, curtos ou longos, mas fazem.

Acredito que todos os clubes, antes de iniciarem seus campeonatos, fazem planejamentos. Bons ou ruins, curtos ou longos, mas fazem. O orçamento financeiro para a folha de pagamento e viagens, os parceiros que adquirem os patrocínios dando suporte aos custos e tantos outros itens importantes nessa empreitada. A montagem da comissão técnica e o elenco, tanto em número de atletas como suas qualidades fazem a diferença.

Aí é que acontecem os maiores erros. Os acertos são poucos. Normalmente o técnico, quase sempre dependendo do recurso financeiro disponível,monta o elenco. O clube acerta os contratos com os atletas para o campeonato ou para a temporada que vai de janeiro a dezembro. Em poucas situações o time vai bem na competição e o técnico junto com os atletas cumprem seus contratos até o final.

Mas a grande maioria dos times não alcança seus objetivos nas primeiras rodadas e a dança dos técnicos começa. Veja o exemplo dos Campeonatos Paulistas das Séries A1 e A2. Na A1 depois de 9 rodadas, 10 times já trocaram seus técnicos. Na A2, também depois de 9 rodadas e por coincidência 10 times trocaram seus técnicos. Alguns trocaram mais de uma vez.

Como fica o elenco que tinha a confiança do técnico que depois foi embora? Aquele que chega sempre pede contratações. É nessa hora que entra a qualificação técnica. Essa qualificação precisa ser feita pela direção de futebol com o aval do presidente. Bem entendido, antes de o campeonato começar, no momento da montagem. Assim o elenco é o de confiança da diretoria, independentemente do nome do técnico.

Para isso é necessário que os dirigentes tenham uma visão sistêmica do negócio do futebol. Buscar atletas a um custo compatível com o orçamento, através de olheiros em muitos estados e em várias divisões. Esses dirigentes têm que estar plugados no futebol 24 horas por dia. De preferência sem paixão clubística e remunerados. O dirigente de futebol deve ter a postura semelhante ao executivo de uma empresa privada. O que interessa é uma boa gestão e de preferência com lucro. Isso só acontece com a qualidade técnica de um time.