Como um rolo compressor, está em vigência a ação dos árbitros para dar aquela mãozinha aos grandes clubes do futebol paulista. De repente, os times do interior devem perder as posições de frente mantidas até agora, após a 13.ª rodada do Campeonato Paulista. As trapalhadas da arbitragem são tantas, que fica difícil não acreditar na existência de um esquema contra os pequenos, condenados a ser eternos figurantes.

É só lembrar alguns fatos que aconteceram no final de semana para ilustrar a situação. No Morumbi, o Guaratinguetá teve um gol legítimo anulado e que poderia representar um ponto valioso na sua luta para chegar às semifinais. Falar no erro de dois cartões amarelos contra o volante Magal, do Guará, é atenuar toda uma atuação desastrosa de José Henrique de Carvalho, eleito ano passado como destaque do apito.

A pressão psicológica que estes árbitro têm passado é grande. O maior exemplo é Paulo César de Oliveira (foto), reconhecidamente um dos melhores árbitros do Brasil. Ele foi tão “martelado” para Bragança Paulista que cometeu uma série de erros grosseiros. Fez bem a lição de casa, que era exibir amarelos à torto e à direito para os jogadores da casa, já manjados por serem faltosos.

Se viu obrigado a expulsar o goleiro Marcos, do Verdão, e depois compensou com a expulsão de César Gaúcho, do Braga. Intimidou os jogadores da casa, marcou um pênalti inexistente para o Palmeiras e depois passou a “administrar” o jogo.

O Noroeste também pagou seus pecados na Vila Belmiro, com um pênalti que “ninguém viu”. Isso mesmo, nem o juiz e nem o bandeirinha. A marcação só foi confirmada depois do escândalo do técnico Leão e de seus comandados.

O curioso é que estas coincidências acontecem sempre contra os pequenos. Resultado: na próxima rodada, a 14.ª, apenas o Guaratinguetá deve ficar na zona de classificação, porque Ponte Preta e Barueri parecem condenados a caírem na real. E as semifinais, outrora toda do Interior, deve ter, pelo menos, três grandes: Palmeiras, Corinthians e São Paulo.

Curiosidades do Paulistão
O meia Geandro, do Marília, participou do empate com a Ponte Preta e depois saiu correndo de campo direto para a igreja, onde ia se casar. A lua de mel ficou restrita apenas ao final de semana. Já o árbitro Paulo César de Oliveira ficou pai de Júlio César, no sábado, e depois de apitar Braga x Palmeiras foi correndo para sua casa, na cidade de Extrema, por coincidência vizinha de Bragança Paulista.

Ivo no Rio Branco
Outrora grande formador de craques, o Rio branco atravessa uma grave crise. E no Paulista da Série A2 acaba de contratar seu quatro técnico: Ivo Secchi, ex-Monte Azul, escolhido para substituir Marcos Sartori. O novo técnico é muito bom, mas não faz milagres.

Guarani: uma vergonha
Abandonado por sua diretoria, que se mostrou incompetente na formação do elenco, o Guarani mergulha em nova crise técnica. O time é lanterna do paulistão e parece condenado a sofrer um novo rebaixamento para a Série A2. Um triste fim para um dos maiores clubes do interior do Brasil, que figura em 14.º lugar no Ranking da CBF.

Sucesso na República Tcheca
Quem faz sucesso na República Tcheca é o atacante Jales, ex-São Caetano e Atlético Mineiro. Ele tem marcado muitos gols pelo Marila Pribram, repetindo o sucesso de 2003, quando apareceu muito bem no América, de São José do Rio Preto.