Brasília, DF, 15 (AFI) – A Seleção Brasileira finalmente venceu e convenceu. Tudo bem que o Japão, pelo menos por enquanto, não serve como parâmetro, mas a vitória na estreia, por 3 a 0, fez os brasileiros recuperarem a confiança. O resultado também pode fazer a diferença em caso de desempate na luta por uma vaga às semifinais da Copa das Confederações.

Confira as notas da vitória da Seleção:

Júlio Cesar: Nota 4,5 – O camisa 1 da Seleção ainda precisa readiquirir sua confiança. Apesar de pouco exigido, em algumas oportunidades “bateu-roupa” e poderia ter comprometido. No geral, fez uma defesa importante em finalização de Maeda no segundo tempo.

Daniel Alves: Nota 3,0 – Disparado o pior jogador da Seleção em campo. Errou muitos passes, deu alguns espaços na defesa e abusou do chuveirinho na área. Nem de longe lembra sua boa fase no Barcelona e na própria Seleção. Qual a explicação para tamanha queda na questão técnica.

Thiago Silva: Nota 5,0 – Assim como Júlio César não teve muito trabalho com o ataque japonês. O xerifão da Seleção foi discreto, mas também não comprometeu. O único ponto negativo foi uma tentativa de invertida de bola na frente da área, que quase complicou a Seleção.

David Luiz: Nota 5,0 – O nível de atuação foi o mesmo do companheiro. A única diferença é que o defensor precisou marcar Maeda mais em cima, enquanto Thiago Silva ficou mais na sobra.

Marcelo: Nota 6,5 – Mais uma vez apresentou um futebol de alto nível, principalmente enquanto esteve bem fisicamente. Fez grandes tabelas pelo lado esquerdo com Neymar e Oscar, além de chegar com constância à linha de fundo. Tecnicamente é o melhor da posição no mundo, mas poderia ser ainda mais se tivesse cabeça.

Luiz Gustavo: Nota 4,0 – Outro que não mostrou porque merece ser titular. Encontrou muitas dificuldades na proteção à zaga, sobretudo nos contragolpes japoneses. Na saída de bola, também não foi efetivo e praticamente não foi ao ataque.

Paulinho: Nota 5,5 – Teve um primeiro tempo apagado, com pouca participação ofensiva e algumas falhas de marcação na defesa. No segundo marcou um golaço, o que acabou subindo sua nota. Ainda assim, precisa ser mais participativo na saída de bola e proteção à defesa, dois dos principais defeitos do time de Felipão.

Oscar – Nota 5,5 – O meia do Chelsea está visivelmente sentindo o desgaste físico pela temporada intensa. Ao todo, o jogador fez 74 partidas antes de se apresentar ao Brasil, o que o torna o “estrangeiro” que mais jogou no time de Felipão. Apesar de pouco efetivo em quase todo o jogo, fez uma grande jogada no lance do gol de Jô.

Hulk: Nota 6,5 – Muito contestado pela torcida e pela imprensa, o atacante foi um dos melhores em campo. Embora não seja um primor de técnica, tem força, é participativo, fecha os espaços e ainda tem um bom chute de longa distância.

Neymar: Nota 7,0 – Logo aos três minutos, mostrou seu cartão de visitas com um golaço. Disposto a acabar com a má fase, o jogador foi bastante participativo, fez alguns lances de efeito e deu grandes passes. Ainda assim, tem potencial para render muito mais. Saiu cedo por conta de uma pancada na coxa.

Fred: Nota 3,5 – Provou mais uma vez que tem a seu favor basicamente o oportunismo. Com pouco espaço para jogar, deveria fazer mais o pivô ou então recuar em algumas jogadas para abrir espaços para quem vem de trás. No lance do gol de Neymar deu uma assistência sem querer, quando dominou errado. Precisa perder esta mania de “peladeiro”, quando fica paradão no ataque esperando a bola.

Lucas: Nota 4,5 – Entrou na vaga de Neymar, que sentiu dores musculares. Apesar de ser ovacionado pela partida, acrescentou muito pouco ao jogo, com exceção de um chapéu em um marcador.

Hernanes: Nota 5,5 – Entrou no lugar de Hulk e deu mais qualidade ao meio-campo brasileiro. Além disso, ajudou a cadencia a partida para que a Seleção administrasse o resultado.

Jô: Nota 6,0 – Fazia um jogo “nota 5” até o final da partida, quando caiu em seu colo o terceiro gol, após grande jogada de Oscar. Ele acabou tendo a sorte e os espaços que Fred não teve.

Felipão: Nota 7,5 – Pode ser ranzinza, pode estar ultrapassado e montar times que não jogam o futebol arte. Apesar de tudo isso, o treinador mais uma vez vai conseguindo dar uma cara a um Brasil que era um arremedo de time há poucas semanas. Hoje, pode-se dizer que a Seleção está encontrando um caminho e muito por conta de Felipão e do suporte de Parreira.

Japão: Nota 5,0 – A imprensa japonesa considera este Japão o melhor da história. Ainda assim, a seleção nipônica precisará “comer muito arroz com feijão” para se equiparar à seleções como o Brasil. O time de Alberto Zaccheroni é bem organizado, rápido, encaixa muito bem os contragolpes e é disciplinado. No entanto, ainda falta qualidade em alguns setores como o ataque, falta trabalhar mais com a bola nos pés, além de “malandragem” durante o jogo.