ESPECIAL BRASILEIRÃO: Atlético-MG supera rivais e coloca fim no tabu de 50 anos; Grêmio é mais um grande rebaixado

Se o Galo 'jantou' seus adversários, o Grêmio passou vergonha e acabou rebaixado à Série B

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Campinas, SP, 24 (AFI) – O Campeonato Brasileiro de 2021 teve suas peculiaridades. O Atlético Mineiro investiu pesado e tirou mais uma taça das mãos de Flamengo e Palmeiras. Do outro lado, o Grêmio conheceu o seu terceiro rebaixamento e jogará a Série B com Cruzeiro e Vasco da Gama em 2022.

A conquista quebrou um longo período do Galo sem conquistar o Campeonato Brasileiro. O único título havia saído em 1971, quando o torneio ganhou o nome de Brasileirão. Mas a espera chegou ao fim com exibições brilhantes. O Atlético amassou seus adversários e levantou a tão sonhada taça. 

Foi uma das melhores campanhas da história do Campeonato Brasileiro. Oitenta e quatro pontos conquistados, em 26 jogos disputados. Como mandante, o Galo foi impecável. Venceu 17 das 19 partidas, empatou um e perdeu um. O revés foi na primeira rodada, diante do Fortaleza, por 2 a 1.

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Hulk foi o cara do Brasileirão

Ameaçado, de fato, o título nunca esteve. O Flamengo chegou a sonhar, assim como o Palmeiras. Mas a certeza era de uma conquista alvinegra, apesar da torcida soltar o grito de “campeão” apenas nas rodadas finais, cautelosa pelo longo período sem título brasileiro.

“É um privilégio poder estar aqui representando um time da grandeza do Atlético-MG, com um sentimento de muita felicidade. O tempo de 50 anos sem esse título não condiz com a grandeza do Atlético-MG. Tem também um sentimento de merecimento porque jogamos limpo. Ganhamos o título de forma incontestável, os números provam isso. Estamos em um ano maravilhoso”, destacou Sérgio Coelho, presidente do Galo.

INVESTIMENTO

Para ser campeão, o Atlético precisou fazer um investimento pesado e contratou com extrema sabedoria. Hulk chegou para comandar o elenco, ser artilheiro e se transformar no melhor jogador nacional na temporada.

O atacante, que pode voltar à Seleção Brasileira, jogou o fino do esporte, fez 19 gols e acabou conquistando a artilharia do Brasileirão, e, claro, o carinho dos torcedores. Nas ruas, nos estádios, sempre uma máscara do famoso personagem da Marvel aparece para roubar a cena.

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Atlético-MG é campeão brasileiro. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Hulk, no entanto, não foi a única contratação de peso. O Atlético trouxe Diego Costa, Nacho Fernández, dentre muitos outros. Era uma nova seleção em campo, que não teve adversário a altura nesse Brasileirão.

“Desde o início do ano ,já falava para o estafe que trabalhava comigo: ‘Vamos buscar esse Brasileiro, vamos ser campeões brasileiros’. Trabalhando, a gente sabia que não ia ser fácil, das dificuldades, mas o grupo estava muito fechado. Acho que a gente é merecedor pelo trabalho que fez na temporada e pelo grupo que tem”, disse Hulk.

LIBERTADORES

Como os brasileiros venceram todos os torneios continentais, o Brasileirão passou a ter um G-8. Além do Galo (campeão da Copa do Brasil), classificaram para a Libertadores: Flamengo, Palmeiras (por ser campeão continental), Fortaleza, Corinthians, Bragantino, Fluminense e América-MG.

Desses, quem mais chamou a atenção foi o Fortaleza. Com Vojvoda, fez campanha surpreendente e levou o Tricolor para a sua primeira participação no torneio continental com a quarta colocação, atrás apenas do trio que tem dominado o futebol nacional.

Além do Fortaleza, o América Mineiro também conseguiu uma vaga, o que para muitos era considerado impossível. O Bragantino, por todo investimento feito, era nome certo, mas classificou apenas com a sexta posição.

REBAIXAMENTO

Se o Atlético fez a festa, o mesmo não se pode dizer de Grêmio, Bahia, Sport e Chapecoense. O time catarinense fez uma das piores campanhas do torneio, com apenas 15 pontos conquistados, em 38 jogos. 

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Douglas Costa ironizando o Grêmio?

O Sport também não teve um bom desempenho e caiu bem antes do término da competição. Bahia e Grêmio foram rebaixados apenas na última rodada, mas, principalmente, o time gaúcho já falava de Série B muito antes.

O Grêmio até cresceu na reta final, mas já era tarde. No fim, precisou engolir o tchauzinho de Douglas Costa, seu atacante, em partida que marcou a despedida da equipe na Série A. O jogador, que colecionou polêmicas, ainda foi curtir festa e, boatos, dizem que dançou “arerê”, em alusão ao rebaixamento do Tricolor.