Zagueiro do Red Bull Bragantino volta a jogar após suspensão de 1 ano por manipulação

Além dele, o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos, e o meia Fernando Neto, ex-Operário e São Bernardo, também estão livres para jogar

Screenshot 28 5
Kevin Lomónaco está emprestado ao Tigre-ARG. Foto: Ari Ferreira / Red Bull Bragantino

Bragança Paulista, SP, 24 (AFI) – O zagueiro Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino, voltou a atuar profissionalmente após cumprir 360 dias de suspensão por manipulação de resultados. Além dele, o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos, e o meia Fernando Neto, ex-Operário e São Bernardo, também estão livres para jogar.

O trio está livre para jogar desde o último 10 de maio, mas apenas Kevin Lomónaco já entrou em campo. O argentino de 22 anos está emprestado ao Tigre, da Argentina, e jogou diante do Estudiantes, no dia 12, e Rosário Central, no dia 20, ambos pelo Campeonato Argentino.

“Fiquei um ano afastado e voltar a jogar é o que mais me deixa feliz. Obviamente tenho vontade de ficar, o Tigre me ajudou muito e procuro retribuir no dia a dia”, disse o jogador após um dos jogos.

Seu contrato de empréstimo com o Tigre vai até 30 de junho. A volta para o Red Bull Bragantino é improvável. O jogador deve ser novamente emprestado ou vendido definitivamente.

Já Eduardo Bauermann e Fernando Neto estão sem clube. Bauermann publicou nas redes sociais que segue os treinamentos, indicando retorno ao futebol. Ele chegou a acertar Alanyaspor, da Turquia, mas deixou o clube antes mesmo de estrear.

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

As punições ocorreram após o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Operação Penalidade Máxima, investigar um esquema de manipulação de apostas esportivas em partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, e em jogos do Paulistão e do Gauchão de 2023.

Jogadores cooptados por grupos criminosos recebiam até R$ 100 mil para provocar cartões amarelos e vermelhos ou realizar outras ações dentro de campo, e, assim, ajudar os apostadores. Alguns atletas também respondem na esfera criminal pela participação no esquema.

De acordo com a investigação, a quadrilha analisava as partidas e eventos que poderiam dar o maior retorno mediante o investimento.

Depois disso, os acusados de chefiar o esquema de apostas entrava em contato com os atletas e os que topavam recebiam uma parte do valor combinado como sinal. Os criminosos acompanhavam a partida e, se o combinado fosse realizado, pagavam o restante para os atletas envolvidos após o jogo.