É praxe treinadores receberem críticas da mídia, mas quem usa de sensatez obrigatoriamente precisa reconhecer o trabalho do treinador Lisca Doido, do América Mineiro.

Doido porque, entre outras coisas, ao salvar o Guarani de rebaixamento da Série B do Brasileiro de 2017, subiu na mureta divisória do gramado e fosso, do Estádio Brinco de Ouro, para comemorar o empate com o Luverdense.

Na prática, a doidice dele é por arrumação de time, e não o folclorismo que alardeiam por aí.

Quem ficou atento ao jogo em que o América ganhou da Ponte Preta por 3 a 1 observou que incontáveis vezes o time dele fez triangulações pelos lados de campo, de forma que quando o lateral faz a diagonal alguém ocupa o espaço da beirada, e as tabelas – por sinal treinadas – fluem naturalmente durante os jogos.

ZAGA

Esse tem sido um dos ingredientes de um time bem distribuído em campo, e a montagem de zaga segura com Messias e Eduardo Bauermann.

A campanha no América Mineiro, postulante ao acesso ao Brasileirão de 2021, pode ser divisor de água para o treinador Lisca, que rodou de lá pra cá, sem ter treinado um grande clube, exceto rápida passagem pelo Inter (RS).

Lisca não foi boleiro. Por 17 anos atuou como treinador de categorias de base, até que optasse por comando em clubes profissionais.