Campinas, SP, 27 (AFI) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na tarde desta segunda-feira a súmula online da derrota da Ponte Preta por 3 a 2 para o Vitória, que terminou em confusão e vandalismo no estádio Moisés Lucarelli. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro descreveu o ocorrido desde o arremesso de ‘chinelo’ e um ‘copo com líquido’ no gramado até a invasão dos torcedores aos 38 minutos do segundo tempo, que suspendeu a partida. O resultado desta 37ª rodada rebaixou o time de Campinas no Campeonato Brasileiro.

O árbitro iniciou o relato aos 14 minutos do segundo tempo, quando um torcedor não identificado arremessou um chinelo em direção ao auxiliar Sidmar dos Santos Meurer, mas não o acertou. Mais tarde, aos 37, o mesmo bandeirinha presenciou um ‘copo com líquido’ vindo da torcida mandante. No minuto seguinte, aos 38, um torcedor estourou a grade e invadiu o gramado. Outro grupo danificou o portão que dá acesso ao campo.

A Polícia Militar precisou ser acionada para conter a invasão e houve confronto entre torcedores e policiamento nas arquibancadas. Fora do estádio a confusão continuou, com depredações e atos de vandalismo. O Capitão Luciano A. F. Salaro redigiu uma declaração escrita à mão, em que avaliou que não teria condições de segurança para que a partida fosse restabelecida. O jogo ficou paralisado por 48 minutos, de acordo com o árbitro.

“Em razão do tumulto generalizado, com quebra de alambrado e portão do estádio Moises Lucarelli, e também no exterior do mesmo, não foi possível garantir a segurança para o término da partida”, relatou o capitão da PM. De acordo com Ricardo Marques Ribeiro, nenhuma das partes apresentou Boletim de Ocorrência até o fechamento da súmula. Ainda assim, o policiamento confirma que dois suspeitos foram detidos no meio da confusão.

Para que a partida fosse suspensa, o presidente da Ponte Preta, Vanderlei Pereira, e o presidente do Vitória, Agenor Gordilho Neto, ratificaram por escrito a decisão da arbitragem de encerrar a partida aos 38 minutos do segundo tempo. Sobre o zagueiro Rodrigo, expulso aos 14 minutos do primeiro tempo, foi relatado que ele “introduzido, por duas vezes, seu dedo médio entre as nádegas de seu adversário”. O árbitro ainda narra que o jogador resistiu para deixar o gramado e teve que ser “convencido pelos próprios companheiros”.