Saudoso Rubens Minelli treinou os dois clubes de Campinas

O técnico histórico passou pelo futebol de Campinas, a princípio no Guarani, nos primeiros sete meses de 1969, e depois na Ponte Preta em 1972.

Após deixar a Ponte Preta, o técnico brilhou no Internacional, bicampeão nacional, e depois no São Paulo, onde foi campeão em 1977

Rubens Minelli - técnico
Rubens Minelli. Foto: Reprodução redes sociais do Palmeiras

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 24 (AFI) – A morte do ex-treinador Rubens Francisco Minelli, no último 23 deste novembro, nos remete à passagem dele pelo futebol de Campinas, a princípio no Guarani, nos primeiros sete meses de 1969, e depois na Ponte Preta em 1972.

Se perguntarem como foi a impressão dele pelo Bugre, os números mostram que foi positiva, pois o time vinha de desconfiança na temporada anterior.

É que propositalmente escalaram irregularmente o ponteiro-direito Lindóia, em jogo contra o Palmeiras ameaçado de rebaixamento, e a decisão do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol) foi o repasse dos dois pontos para os palmeirenses.

LAUDO NATEL

Minelli estreou no Guarani dia 12 de janeiro de 1969, na primeira fase do Torneio Início da FPF, em jogos com duração de 20 minutos cada (dez em cada tempo), realizados no Estádio Brinco de Ouro.

À época, a pontuação por vitória era de apenas dois pontos, ocasião que o seu time ficou em primeiro lugar e garantiu classificação à fase final, disputada no Parque Antarctica, com o time bugrino ficando em segundo lugar.

Formação da época? Saudosistas hão de lembrar que era Sidnei Poly; Miranda, Beto Falsete, Tarciso e Cido Jacaré: Tião Macalé e Milton (Capelloza); Carlinhos, Ladeira, Vanderlei e Wagninho.

TOBIAS

Minelli teve muita personalidade ao bancar a manutenção do então contratado goleiro Tobias, na equipe.

A estreia dele, diante do extinto Saad de São Caetano do Sul, no Estádio Brinco de Ouro, num sábado à tarde, foi horrorosa, com falhas e desconfiança.

Mesmo assim foi mantido em outras quatro derrotas consecutivas da equipe, até que Minelli decidiu preservá-lo em outras três ocasiões, escalando Luizinho no lugar dele.

Assim, aguardou a retomada de confiança de Tobias, para fixá-lo na meta bugrina nas partidas subsequentes, ocasião que ele se sobressaiu e o Corinthians veio buscá-lo.

PONTE PRETA

Aquelas idas e vindas do saudoso treinador Cilinho na Ponte Preta implicaram em passagem, na temporada de 1972, até o mês de maio, quando o também saudoso Mário Juliato, que treinava o juvenil, assumiu interinamente a equipe principal até a chegada de Minelli, que estreou no dia 23 daquele mês, na derrota por 3 a 2 para o Santos, na Vila Belmiro.

O time da época? Waldir Peres; Gali (Marinho), Dagoberto, Waldir e Santos; Ferreirinha e Dicá; Ditinho, Manfrini, Paulinho (Adilson II) e Tuta. Aí, o Paulistão ficou parado por cerca de um mês, para realização da Copa Inconfidência no Brasil, com a Ponte Preta mantendo atividades em amistosos.

Na retomada da competição, a Ponte Preta já estava reforçada do saudoso volante Chicão, meia Mosca para o lugar de Dicá – contratado pela Portuguesa -, e o centroavante Waldomiro. Minelli disputou apenas um dérbi campineiro pela Ponte Preta, no empate sem gols, no Estádio Brinco de Ouro. Na temporada seguinte foi substituído pelo treinador Alfredo Ramos, que estreou no Torneio Laudo Natel.

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