Remo repudia o caso de racismo na final do Campeonato Paraense

As ofensas foram proferidas pelos próprios torcedores do clube do Remo, e foram repudiadas pelo clube por meio de nota oficial

O caso de racismo aconteceu na final do Campeonato Paraense entre Remo e Águia de Marabá

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Belém, PA, 31 (AFI) – De forma oficial, o Clube do Remo criticou nesta semana o caso de racismo contra o atacante Jean Silva, na final do Campeonato Paraense, diante do Águia de Marabá. Na sexta-feira (29), Remo e Águia jogaram a finalíssima do estadual no estádio Baenão. E perdeu o título para o Águia nos penais depois de vencer no tempo normal por 2 a 1, lembrando que o time de Marabá fez 1 a 0 na ida.

Conforme informações da imprensa paraense (Jornal O Liberal), postagens que circularam nas redes sociais, teriam apontado que Jean Silva foi alvo de ofensas racistas que teriam partido da própria torcida azulina.

Em nota o Remo criticou o racismo e repudiou esse tipo de postura: O Clube do Remo vem a público posicionar-se sobre alguns fatos lamentáveis ocorridos durante o jogo da última sexta-feira (26) contra o Águia de Marabá, válido pelo jogo da volta da final do Campeonato Paraense. O Clube tomou conhecimento de um ato de racismo contra o atacante Jean Silva”, diz a nota, que segue:

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Foto: Samara Miranda /Remo

“O clube repudia veementemente todo e qualquer ato de violência, discriminação, desrespeito, ofensas e, principalmente, atos e comportamentos injuriosos de cunho racial, étnico e de gênero. Lembrando que, durante a partida os jogadores de ambos os times entraram em campo reforçando a campanha contra o racismo em parceria com a Federação Paraense de Futebol (FPF)”, diz o comunicado.

O Remo exige, segundo a nota, uma apuração rígida dos fatos, além de informar que está providenciando o levantamento de todas as imagens do circuito interno de segurança do estádio. “O Remo se coloca à disposição das autoridades e de todos os envolvidos para ajudar no que for necessário. O Clube está prestando toda assistência ao atleta azulino. A intolerância, a discriminação e o preconceito precisam ser combatidos, seja no esporte ou em qualquer lugar na sociedade. Esperamos que a partir de agora atos como esse não se repitam. E, reconhecemos que, para tais pautas, não há cor, raça, credo, religião e muito menos escudos que nos diferenciem ou naos tornem mais ou menos que o próximo”, finaliza o comunicado.

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