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Em âmbito local é recontada a história do volante Dionísio da Ponte Preta, enquanto no áudio nacional o assunto é sobre o finado zagueiro e treinador Waldemar Carabina.

Imagens disponibilizadas sobre jogadores da Ponte Preta agredidos em protesto feito por um grupo de torcedores, após o empate com o Vitória (BA) na noite de sexta-feira, servem para que os acusados sejam punidos na forma da lei.

Oxalá dirigentes da Ponte Preta levem a cabo a promessa feita aos atletas de registrar boletim de ocorrência e colocar todo suporte jurídico à disposição deles, assim como exigir ressarcimento dos prejuízos provocado com depredação ao ônibus ‘Gorilão’.

Caiu na rotina de clubes centros de treinamentos invadidos por torcedores uniformizados, patrimônio depredado, atletas constrangidos, ameaças, e predominância do clima de medo e insegurança.

Como qualquer cidadão, torcedor de uniformizada precisa ser responsabilizado por seus atos.

Já passou da hora de se dar um basta em episódio como aquele verificado contra atletas da Ponte, assim como se testemunha outras selvagerias sem escolha de cor de camisa, geralmente repetidas pela sensação de impunidade, incorporada à cultura brasileira.

Que esse lamentável episódio defronte ao Estádio Moisés Lucarelli não caia no esquecimento, a exemplo de tantos outros por aí.

Cobra-se que dirigentes pontepretanos façam monitoramento após instauração do inquérito, e quando da formulação da denúncia na Justiça.

ESTATUTO DO TORCEDOR

Como a discussão é mais ampla, que representantes do povo no Congresso Nacional se apressem às devidas adaptações do Estatuto dos Torcedor, que visem endurecer penas de reclusão a quem se envolver em brigas e depredação de patrimônio público e privado.

Leis duras sim, mas que sejam aplicadas.

O que se vê é que o Estado não consegue punir os verdadeiros culpados, que até continuam com acessos aos estádios.

Está em vigência desde o ano passado lei que suspende por cinco anos torcedores que invadirem treinos ou agredirem árbitros, jogadores e jornalistas, mas quantos já passaram a cumprir tais punições?

PROMISCUIDADE

O assunto é complexo. Há casos em que a relação do dirigente de clube com torcida organizada é muito próxima, por vezes até promíscua com troca de favores.

Esses casos, desde que devidamente constatados, deveriam ser denunciados e dirigentes igualmente penalizados.

É voz corrente que torcidas organizadas deveriam ser extintas, mas numa simples canetada isso é quase impossível.

Melhor, então, que sejam impostas regras rigorosas de convivência, de forma que convirjam para comportamento aceitável de seus membros.