Processo de reformulação do Guarani é marcado por incerteza

Mas se o atraso tem a ver com acerto nas 'peças' escolhidas para preenchimento de lacunas, digamos que isso seja tolerável.

Será que empresários do futebol e o executivo do clube, Juliano Camargo, estão sondando atletas que de fato possam acrescentar no elenco?

Paulistão - 2024 - Guarani
Bruno José vai fazer falta ao Guarani (à esquerda). Foto: Thomaz Marostegan - Guarani FC

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 17 (AFI) – Há quem reclame da demora no processo de reformulação do Guarani visando a próxima temporada, mas se o atraso tem a ver com acerto nas ‘peças’ escolhidas para preenchimento de lacunas, digamos que isso seja tolerável.

Será que empresários do futebol e o executivo do clube, Juliano Camargo, estão sondando atletas que de fato possam acrescentar no elenco?

Falaram em Rayan, quarto-zagueiro canhoto que já passou pela Ponte Preta e tem perfil de jogador razoável, nada de excepcional.

Talvez possa agregar no conjunto, como ocorre com jogadores razoáveis. Individualmente é uma incerteza.

DIOGO MATEUS

E esse negócio do Ceará ficar com insistência para levar o lateral-direito Diogo Mateus?

Quem ‘encheu a bola’ do jogador bugrino foi Lucas Drubscky, novo executivo de futebol do clube cearense.

Que Diogo Mateus tem lá as suas virtudes, principalmente ao pegar bem na bola, é inegável.

Todavia, como se trata de jogador aplicado, um treinador com o perfil do saudoso Zé Duarte certamente extrairia bem mais dele.

Nas incursões ao ataque e visando o fundo de campo, em vez de se desfazer da bola na base do chuveirinho, o correto seria ensaio exaustivamente do passe no chão, para quem chegar nas imediações ou dentro da área adversária, visando a complementação da jogadas, como faz o comandante Abel Ferreira, no Palmeiras.

Entra e sai treinador no Guarani e absolutamente ninguém corrige a insistência de Diogo Mateus sobre o desnecessário recuo de bola, quando começa a jogada de trás, além de melhoria na marcação a atacantes de beirada.

MATHEUS BARBOSA

Como foi citado em edição anterior sobre o zagueiro Fábio Sanches, da Ponte Preta, a conceituação do volante Matheus Barbosa, do Guarani, deve ser de jogador apenas razoável.

Alguns se impressionaram com dois gols marcados em chutes fortes, de fora da área, mas desconsideram quantas bolas, no mesmo estilo, foram chutadas sem direção.

Barbosa também exagera em erros de passes, enquanto na atribuição de marcador procura se aplicar, sem que isso o torne referência como ‘ladrão’ de bola.

Portanto, torcedor bugrino, não lamente possível saída dele para o Botafogo de Ribeirão Preto, assim como não ter vingado a contratação do também volante Neto Mouro, cujo empréstimo com o Mirassol foi estendido.

Na prática, ele é jogador igualmente razoável.

Foi especulado o nome do lateral-esquerdo Hélder, do Criciúma, na relação de eventuais interessados.

Na prática, o atleta do clube catarinense se revezou na posição com Marcelo Hermes, e pode-se dizer que não é superior ao titular Mayk, no Guarani.

RENATO

Citaram, também, que o treinador bugrino Umberto Louzer teria interesse em contar com o atacante Renato, que até recentemente defendeu o CRB, e de lá já teria se desligado, conforme informações da mídia alagoana.

Renato, 34 anos de idade, tem retrospecto de gols no CRB, mas com queda de rendimento no segundo turno da última Série B.

A justificativa, segundo ele, deve-se ao esquema tático adotado pelo treinador Daniel Paulista, que exige seguidas recomposições de atacantes quando o adversário ataca.

Segundo Renato, quando Louzer esteve no CRB havia mais liberdade para que pudesse jogar mais em função do gol.

BRUNO JOSÉ

Perda significativa no time bugrino foi a saída do atacante de beirada Bruno José, que a bem da verdade teve rendimento melhorado consideravelmente devido ao ‘dedo’ do treinador Umberto Louzer.

Se até então o atleta tinha característica basicamente de jogadas pela beirada do gramado, para posterior cruzamentos, Louzer o condicionou quer para fazer a diagonal com a bola, quer se posicionar centralizado para receber o passe.

Assim, mais próximo da meta adversária, foi treinado para completar jogadas, com arremates de fora da área.

Se antes ele se preocupava com assistências aos companheiros, a dedução lógica é que treinou exaustivamente finalizações, refletidas em gols e defesas com nível de dificuldade para goleiros adversários.

Logo, como jogador com a utilidade dele não se encontra a preço compatível no mercado, a perda será considerável ao Guarani.