Ponte Preta: caiu do céu o empate com a Inter de Limeira

Gilson Kleina insistiu em erros e arriscou com alguns jogadores fora de forma

Ou Eberlin está fora de ritmo para enxergar futebol como 'dantes', ou demonstra receio de bater de frente com o treinador, neste Paulistão.

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Lucca empatou pela Ponte (Foto: Álvaro Jr./Ponte Press)

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Campinas, SP, 30 (AFI) – Na Ponte Preta, foi dada a senha aqui ao presidente Marco Eberlin, após goleada por 3 a 0 sofrida para o Palmeiras, para que se impusesse e tirasse autonomia do treinador Gilson Kleina na condução do futebol do clube.

Ou Eberlin está fora de ritmo para enxergar futebol como ‘dantes’, ou demonstra receio de bater de frente com o treinador, neste início de Paulistão.

Ora, se estava claro a inviabilidade de se escalar dois laterais nitidamente fora de forma, por que a insistência com Norberto e Guilherme Santos simultaneamente?

Logo, como esperar rápida transição ofensiva pelas beiradas do campo na partida contra a Inter de Limeira em Campinas, na noite deste sábado?


Então que Kleina escalasse um ou outro, e o pior deles neste empate por 2 a 2 foi Norberto.

Escalar Kevin?


Também não. Volante Marcos Júnior já foi improvisado ali e não decepcionou. Seria uma opção.

Claro que problemas na estruturação da equipe pontepretana vão bem além disso.



DEDÉ FORA DE FORMA

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Lucca empatou para a Ponte Preta no final. Foto: Álvaro Jr – AAPP

Incrível como não avaliaram que o zagueiro Dedé está totalmente fora de forma, após afastamento dois anos de partidas oficiais.


Logo, pra que precipitar o retorno dele?


Antes mesmo do comprometimento do zagueiro em lances que originaram os dois gols da Inter de Limeira, viu-se claramente que estava afoito, livrando-se da bola através de chutões.


Por isso a precipitação ao cometer pênalti sobre o meiocampista Johny Douglas aos 42 minutos, convertido dois minutos depois pelo atacante Ronaldo.

E sem tempo adequado de bola, Dedé perdeu disputa pelo alto para o zagueiro Xandão, da Inter, após cobrança de escanteio, em lance que resultou no segundo gol do adversário, aos oito minutos do segundo tempo.

Como a noite de estreia na Ponte foi desastrosa, Dedé ainda sofreu lesão aos 20 minutos e foi substituído por Fabrício.


FESSIN

Acreditem: até aquele momento a Ponte Preta foi incisiva apenas aos 16 minutos do primeiro tempo, quando em bola cruzada pelo lateral Guilherme Santos o meia-atacante Fessin ganhou a disputa pelo alto do lateral-esquerdo Rafael Carioca, da Inter, e testou de maneira indefensável ao goleiro Lucas Frigeri.

Como Kleina insistiu mais uma vez com escalação de três volantes, não havia o homem da organização, nem transição pelas beiradas.

Assim, a bola só chegava ao ataque devido à correria dos volantes Marcos Júnior e Léo Naldi, sem a devida consistência para complementação dos atacantes Lucca e Luiz Fernando.


ANDRÉ LUIZ

Constata-se claramente que Kleina não tem avaliado corretamente mexidas na equipe.


Com a lesão do primeiro volante Moisés Felipe, aos 25 minutos do primeiro tempo, o treinador, extremamente precavido, optou pelo limitado André Luiz como substituto, e com o agravante de o atleta estar fora de forma. Logo, houve piora na qualidade da equipe naquele setor.


E pra corrigir o equívoco, Kleina sacou André Luiz aos 18 minutos do segundo tempo, para entrada de Matheus Jesus, num ritmo lento.


MATHEUS ANJOS E NILTINHO

A troca de Marcos Júnior pelo meia Matheus Anjos tinha objetivo de qualificar a chegada da bola ao ataque.

Na prática demorou um pouco para que Matheus Anjos entrasse no jogo, mas na sequência foi se ajustando e contou com a voluntariedade de Niltinho no lugar de Luiz Fernando.

Se é que a Ponte passou a rondar mais a área adversária, na prática desguarneceu a marcação e só não sofreu mais gols por desperdício de oportunidades da Inter.


Primeiro quando a bola parou em poça d’água em recuo de Norberto, que Ronaldo deu sequência à jogada e chutou a bola no travessão.

Depois quando em jogada pessoal de Gui Mendes, o atacante Ronaldo, já sem pernas, chutou mal e possibilitou defesa do goleiro Ygor Vinhas.

Por fim, quando Osman driblou como quis Fabrício e Léo Naldi, mas inacreditavelmente chutou a bola pra fora.


QUEM NÃO FAZ…

Quando o desenho do jogo indicava mais uma derrota da Ponte Preta no Paulistão, dois erros de jogadores da Inter implicaram no gol de empate de Lucca, que teve méritos por acreditar na jogada.


Primeiro a displicência de Diego Tavares, que havia entrado no time limeirense, ao tentar colocar bola à linha lateral, quando o indicado seria despachá-la ao ataque.

Sem que a bola saísse, Niltinho foi ao encontro e, incontinente fez o cruzamento – o tido chuveirinho -, com falha crucial do goleiro Lucas Frigeri que, com as mãos, perdeu a disputa para Lucca, com a cabeça: 2 a 2, aos 44 minutos do segundo tempo.

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