Paulistão: Após surto de Covid-19, preparador físico da Ponte fala sobre recuperação

Juvenilson Souza detalhou o processo de retomada dos atletas que tiveram Covid-19

Juvenilson Souza detalhou o processo de retomada dos atletas que tiveram Covid-19

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Campinas, SP, 26 (AFI) – A Ponte Preta sofreu com o surto de Covid-19 antes da paralisação do Campeonato Paulista, sem aproximadamente 30 profissionais, entre atletas, comissão técnica e diretoria, a Macaca se viu impotente perante a pandemia. Entretanto, quase duas semanas depois do início do surto, o preparador físico Juvenilson Souza detalhou o processo de retomada e recuperação dos atletas.

“Os atletas que retornam após a Covid têm apresentado perda de rendimento, o que era esperado. Vale lembrar que eles não estão voltando de período de folga e sim de uma doença, doença que a ciência ainda está estudando, não se conhece ainda efeitos colaterais, o que ela ainda pode trazer depois que a pessoa se cura.

O que vemos hoje entre os jogadores é que alguns têm apresentado perda de peso, porém não temos como quantificar a perda de condição física e temos que ter todo cuidado”, pontua o preparador físico Juvenilson Souza.

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O profissional conta que todos os atletas que retornam da doença têm dificuldades na retomada – uns menos, outros mais – para voltar ao nível ideal de performance.

“O que fazemos é tomar muito cuidado com a reintrodução das atividades de aeróbia, sempre com baixa intensidade, baixo volume. Depois vamos aumentando progressivamente conforme a resposta de cada um.

Aí introduzimos força e posteriormente potência, aliados a trabalho com bola. Mas, reforço, é muito individual, conforme resposta do atleta a gente dá a sequência ao trabalho, fazemos ajustes diários na carga de trabalho”, diz.

Foto:PontePress/DiegoAlmeida

Foto:PontePress/DiegoAlmeida

TODOS ASSINTOMÁTICOS
Um ponto em comum, porém, é que na maioria dos casos os atletas contaminados ou são assintomáticos ou apresentam sintomas mais leves, segundo o preparador.

“O que buscamos fazer é que, no caso dos assintomático, eles não ficassem inativos nas residências. Então com alguns fizemos lives, com outros encaminhamos um cardápio de atividades físicas para minimizar o destreinamento, que leva à perda de capacidade de rendimento, de desempenho. Tentamos amenizar os impactos com essa estratégia. Já os sintomáticos apresentam maior dificuldade no retorno”, pontua.

Ele diz ainda que os jogadores que tiveram Covid nesta temporada estão apresentando uma necessidade de maior tempo de recuperação que os da temporada passada.

“Mais atletas que voltaram após terem sido infectados na, digamos assim, primeira onda, tiveram resposta mais positiva aos treinamentos, menor dificuldade de voltar a condição física do que os de agora.

Não sei se isso significa que é uma variante mais forte, não temos elementos para afirmar isso, mas do ponto de vista da preparação física, notamos que há mais dificuldade.”

O FUTURO
Questionado em relação ao fato de como programar a preparação física da equipe levando em consideração os atletas recuperados de Covid e a falta de definição de quando a Macaca volta a jogar (com a pausa do Paulista e alguns jogos sendo marcados em outros estados), Juvenilson resslta que o foco deve ser em soluções e não problemas.

“Temos que treinar da maneira mais intensa possível, buscando um nível de performance adequado para quando voltar a jogar termos rendimento satisfatório. É claro que temos dificuldades e temos que buscar soluções para elas.

Tivemos alguns atletas acometidos com Covid, eles tiveram que guardar quarentena e a situação não é ideal , mas não estamos olhando para problemas e, sim, soluções”, diz.

Ele conclui o pensamento: “Evidentemente , os atletas se encontram em diferente s níveis de condicionamento físico, mas nós estamos trabalhando para colocar o elenco em uma condição minimamente adequada para que o Fábio Moreno possa utilizar nos jogos e nas competições, para termos um time em boas condições de competir.”