No Guarani, Fúria pede as 'cabeças' de Marconatto e Moisés

Torcida Fúria Independente pede a renúncia do presidente André Marconatto e a demissão de Ricardo Moisés, atual CEO, do Guarani. E acusa a ASA Alumínio de ser 'cúmplice'.

A demissão de Júnior Rocha não foi suficiente para atenuar a bronca dos torcedores, que exigem mudanças radicais na gestão do clube.

Guarani - 2024
Fúria faz protesto na frente da ASA ALUMÍNIO

Especial – GUSTAVO MARQUES

Campinas, SP, 10 (AFI) – A torcida organizada do Guarani, Fúria independente, está em pé de guerra com a atual diretoria. A revolta se intensificou após a derrota por 1 a 0 para o Operário-PR no último sábado , que manteve time na lanterna do Campeonato Brasileiro da Série B, com apenas 4 pontos em 9 jogos. São sete derrotas, uma vitória e um empate.
Esta é a pior campanha da história do clube na Série B (Veja Detalhes).

No protesto realizado na tarde desta segunda-feira, a torcida ostentou faixas e entoou xingamentos contra o presidente do clube, André Marconatto, e contra o CEO, Ricardo Moisés. A demissão do técnico Júnior Rocha, anunciada domingo à tarde, não foi suficiente para atenuar a bronca dos torcedores, que exigem mudanças imediatas na gestão do clube.

BLOG DO ARI – APONTA QUEM DEVE COBRAR A DIRETORIA

CLIMA DE TENSÃO
A atmosfera no entorno da empresa Asa Alumínio à tarde era de pura tensão. A empresa é a principal investidora do clube. Ela fica no Jardim São José, às margens da Rodovia Santos Dumont. A Asa Alumínio é acusada, pela torcida organizada, de ser ‘CÚMPLICE’ por dar apoio e retaguarda aos dois dirigentes, taxados de incompetentes.

E a Fúria Independente cita os ‘sócios fake’, lembrando denúncias de que muitos sócios teriam sido ‘plantados’ para participarem da eleição do ano passado.

Um grupo de torcedores se reuniu em frente ao local para manifestar a sua insatisfação com a situação do time. Várias faixas críticas foram expostas, exibindo mensagens, como:
Fora Marconatto!“,
Chega de amadorismo!“,
Vergonha!
ASA Cúmplice

FUTURO INCERTO
O futuro do Guarani é incerto. A torcida está dividida entre a esperança de dias melhores e o medo de que o clube continue afundando. A nova comissão técnica que ainda não foi anunciada, terá que agir rápido e com sabedoria para reconquistar a confiança dos torcedores e evitar que o time caia para a Série C do Brasileiro em 2025.

Embora a direção do clube já tenha manifestado a intenção de buscar de seis a oito reforços, os mesmos só poderão atuar a partir da janela de transferência que abre na primeira semana de julho (de 10 de julho até 2 de setembro). Até lá, a comissão técnica, nova ou interina, terá que se virar com os atuais jogadores. Isso serviria pelo menos para os próximos cinco jogos do clube, inclusive, para o tradicional dérbi, marcado para dia 30 de junho, no Brinco de Ouro.

JOGOS SEM REFORÇOS
Antes do clássico contra a rival Ponte Preta, o Guarani ainda terá pela frente dois jogos fora e um dentro de casa. Sairá contra o Avaí, terceiro colocado, com 17 pontos, na próxima sexta-feira (dia 14), receberá o Ituano, dia 18, e depois irá até Maceió para enfrentar o CRB, vice-campeão da Copa do Nordeste.
Na 14.ª rodada, o Guarani enfrentará o Sport, no Brinco, dia 7 de julho e depois poderia utilizar os possíveis reforços na 15.ª rodada, quando vai sair diante do Novorizontino, dia 13 de julho, na cidade de Novo Horizonte.

Guarani - 2024
Protesto da Fúria Independente na frente da ASA Alumínio, no Jardim São José

TROCA NO FUTEBOL
Entre os torcedores há consenso de que o atual elenco é fraco e que, portanto, as contratações foram feitas sem o devido critério. Alguns alegam que estes erros já acontecem desde o ano passado, quando o clube esteve nas mãos de vários executivos que chegaram o Brinco de Ouro sem a devida qualificação para o cargo.
Os responsáveis por estes erros estratégicos seriam os atuais dirigentes, justamente, o presidente André Marconatto, e o CEO Ricardo Moisés, que tiveram o aval do Conselho de Administração para comandar o futebol do clube. Perderam a mão e o rumo.