Belo Horizonte, MG, 19 (AFI) – O equilíbrio entre experiência e juventude é uma das características do novo grupo americano. O presidente Alencar da Silveira Jr. apresentou o zagueiro Rafael Lima, 30 anos, e o lateral esquerdo Pará, de 21. Os dois receberam o Manto Sagrado americano das mãos do presidente, que deu boas-vindas aos atletas.

“Trazemos hoje para esta apresentação dois novos companheiros, o Rafael Lima e o Pará, que vieram para vestir a camisa do América e conquistarem glórias neste ano em que teremos grandes competições pela frente. Em todas as disputas, nós temos que pensar no melhor, e é isso que nós fizemos no América até hoje. Por isso, nós trazemos mais estes dois nomes”, enfatizou o presidente.

PARÁ
Jovem lateral, de 21 anos, Pará não escondeu sua felicidade de vestir pela primeira vez a camisa do Coelho. O atleta, natural da cidade paraense de Capanema, espera colocar seu nome na história do clube. Mas, para isso, precisa voltar à trajetória de crescimento na carreira, quando foi revelado no Bahia. Ele faz sua autocrítica, classificando 2016 como “um ano parado” para sua carreira. Porém, acredita que encontrou o clube certo para dar sequência na promissora carreira, e que no CT Lanna Drumond será possível retomar a trajetória de crescimento de seu futebol, para fazer história no América.

“Estou muito feliz de vir para o América e espero fazer história neste Clube. Espero fazer grandes partidas e ajudar os meus companheiros dentro e fora de campo. Estou muito feliz mesmo, por ter a oportunidade de estar em um Clube grande como o América, que tem uma grande estrutura. Quero dar alegrias para a torcida americana”, disse.

“Graças a Deus eu estou hoje aqui, no América, e sei que os meus companheiros vão me ajudar bastante nesta caminhada. Meu pensamento está focado só aqui. Espero ajudar o Clube a alcançar títulos e quero colocar o América de volta na Primeira Divisão. Espero ter um ano de plenitude e excelência”, completou o jogador.

RAFAEL LIMA
O experiente zagueiro, de 30 anos, destaca-se pelo porte físico e espírito de liderança. Após brilhar na Chapecoense, clube que defendeu por cinco temporadas, ele está convicto de que irá contribuir com seu futebol e experiência no projeto do América em 2017. O jogador afirmou que irá exercer sua liderança de forma natural, sempre respeitando a hierarquia no clube.

“Por onde passei sempre procurei mostrar meu ponto de vista e ter a minha liderança. Claro que sempre respeitando a hierarquia. O treinador sempre vai ter a palavra final, mas o próprio treinador necessita de ter líderes dentro de campo, para que as coisas possam fluir da melhor maneira. E aqui, no América, vou procurar dar minha contribuição como alguns atletas que eu já venho percebendo durante os treinos que são líderes, como o João Ricardo, o Tony, o Fernando Leal, que costumam falar bastante e botar a turma para cima”, comentou.

Rafael afirma que não hesitou na hora de escolher o time americano entre as propostas que recebeu. O zagueiro diz que a estrutura e a equipe de profissionais do Coelho foram determinantes em sua decisão.

“Não titubeei nem hesitei nesta escolha de vir para o América. Sabendo da honestidade da Diretoria, da estrutura de campo de treinamento, academia própria, funcionários muito bons. Nesses dias que estou aqui sempre recebo um ‘bom dia’ com um sorriso, todos se tratando com respeito. Cheguei aqui muito feliz e estou aqui há treze dias trabalhando e conhecendo o elenco e os funcionários do Clube. O importante é que todos tenham pensamento positivo, pois tenho certeza que o América fará um grande ano”, almejou o zagueiro.

ORGULHO
Rafael Lima viveu no fim do ano passado a dor pelo drama que abalou o mundo do futebol: a tragédia aérea que vitimou a maioria da delegação da Chapecoense, que viajava para enfrentar o Atlético Nacional, na Colômbia. O zagueiro americano contou que sente orgulho pelos cinco anos em que defendeu, com sucesso, a camisa do time catarinense. Ele detalha a tristeza pela perda de tantos amigos e revela que mantém contato quase que diário com Jackson Follman, Neto e Alan Ruschel.

“Fiquei durante cinco temporadas na Chapecoense e tenho um orgulho imenso de ter dado a contribuição que eu dei. De tirar o clube da Série C e ajudá-lo a conquistar a Sul-Americana e permanecer na Série A por três anos consecutivos. Infelizmente aconteceu o que aconteceu com todos os meus irmãos, muitos daqueles eram meus amigos pessoais. Nós tínhamos uma viagem marcada para Punta Cana em dez casais e, infelizmente, a maioria estava no voo. Mas, graças a Deus, o (Jackson) Follman, o Neto e o Alan (Ruschel) conseguiram sobreviver. Mantenho contato com todos eles, que estão tendo uma grande recuperação”.