Marcelo Teixeira nega venda do Santos e prega cautela no processo de SAF
Para o presidente santista, a SAF pode ser um caminho viável, mas não deve ser tratada como solução única ou imediata.
Teixeira também deixou claro que o Santos, mesmo em dificuldades, não pode ser tratado como uma instituição comum.

Santos, SP, 24 (AFI) – O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, reforçou nesta semana que o clube não está oficialmente à venda, apesar de já ter iniciado o processo de avaliação de marca e estrutura para uma possível transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em entrevista à Band, o dirigente ressaltou que qualquer decisão passará pelo crivo do quadro associativo e negou que o clube esteja sendo negociado neste momento.
“O Santos precisa ser valorizado antes de qualquer definição. Não estamos vendendo um ativo em baixa”, afirmou. Teixeira usou uma metáfora com o mercado financeiro para alertar sobre os riscos de se firmar um acordo precipitado: “Seria como vender ações com valores irrisórios, em um momento de baixa. Há quem queira empurrar essa agenda nas redes, tumultuando o ambiente. Não é assim que o Santos vai se reerguer”.
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Para o presidente santista, a SAF pode ser um caminho viável, mas não deve ser tratada como solução única ou imediata. O clube contratou recentemente uma corretora especializada para avaliar seu valor de mercado e estudar perfis de investidores. A ideia é entender o potencial da marca antes de definir um modelo de negócio. “Estamos fazendo um trabalho para fortalecer a imagem do Santos no cenário global. Isso não pode ser feito às pressas, com qualquer proposta”, disse.
Teixeira também deixou claro que o Santos, mesmo em dificuldades, não pode ser tratado como uma instituição comum. “Não é um clube de esquina. É uma marca histórica, com ídolos, torcida, identidade. Tem que ser respeitada. Quando o mercado apresentar um cenário sólido, levaremos aos sócios. Até lá, o clube segue trabalhando pela sua recuperação financeira e esportiva”, destacou.
DÍVIDAS
O Santos fechou o ano de 2024 com uma dívida que se aproxima de R$ 1 bilhão. O rebaixamento inédito para a Série B agravou a situação financeira e motivou a busca por alternativas estruturais. Ainda assim, Marcelo Teixeira descarta qualquer decisão apressada e insiste que o clube precisa recuperar sua valorização antes de negociar qualquer participação societária.