Guarani convoca Conselho para discutir Recuperação Judicial; Ponte também se organiza

Realidade financeira dos dois times é bem delicada após péssimas administrações nos últimos anos.

A dupla campineira quer se livrar de bloqueios e equacionar dívidas no próximo ano.

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Conselho da Ponte Preta se reuniu recentemente. Foto: Diego Almeida/PontePress.

Campinas, SP, 22 (AFI) – Há bons anos em situação financeira delicada, Guarani e Ponte Preta querem organizar suas contas e para isso estudam entrar com pedido de Recuperação Judicial em 2023. O Bugre já convocou reunião do Conselho para discutir o assunto, enquanto a Macaca, otimista, caminha na mesma direção.

O Guarani convocou seus conselheiros para discutir o assunto no próximo dia 27 de dezembro, às 19 horas, no estádio Brinco de Ouro. A alínea ‘e’ do edital diz:

“Deliberações acerca da eventual adoção de ferramenta de centralização de execuções ou recuperação judicial pelo Clube, tal qual requerido pelo Conselho de Administração, com elaboração de parecer e recomendação à Assembleia de Sócios”.

Após anos caóticos, dívidas e insucessos desportivos, o Guarani aos poucos se estruturou financeiramente e hoje já caminha sem tantos sustos. Contudo, ainda são muitas dívidas, o que preocupa a diretoria. Além disso, a possibilidade de o clube virar SAF também faz agilizar o processo de equacionar as atuais dividas.

Na Ponte Preta não é diferente. As últimas administrações deixaram um ‘rombo’ nos cofres do clube, que hoje convive com uma série de penhoras e bloqueios de seus faturamentos. Somente em 2023 mais de R$ 8 milhões foram bloqueados/penhorados, o que acarretou em salários atrasados de funcionários, atletas e prestadores de serviço.

Internamente, a diretoria já debate o assunto e provavelmente convocará reunião do Conselho para debater o assunto. Isso acontecerá já em janeiro. Até lá o clube já vem fazendo levantamento de todas as dívidas e conversando com escritórios renomados para estarem à frente do processo.

Sobre a Recuperação Judicial, ela tem sido arguida por muitos clubes brasileiros, caso de Figueirense, Coritiba e Chapecoense. A ideia é reunir todos os credores, apresentar plano de pagamento e desenvolver a atividade desportiva sem dores de cabeça. Contudo, assim como qualquer negócio, este instituto pode ser um ‘tiro no pé’ se mal executado.

Em meio a estas discussões, o Guarani se prepara para jogar o Paulistão e a Ponte Preta a Série A2 em 2023.

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