Campinas, SP, 27 (AFI) – O Campeonato Paulista da Série A3 vai ter início neste final de semana. Serão 20 clubes que irão brigar pelo acesso à Série A2 de 2015. E nos últimos dias que antecedem a estreia da competição, o Portal Futebol Interior vai realizar uma série de especiais sobre as curiosidades do torneio.

Nesta segunda-feira, o Portal FI, que mais um ano vai cobrir com exclusividade a Série A3, traz para você, internauta e apaixonado pelo futebol do interior de São Paulo, todos os mascotes dos times que estarão em campo na briga pelo título e acesso. O único que não possui um mascote “filiado” na Federação Paulista de Futebol (FPF) é o Cotia.

O Água Santa, time de Diadema e que faz sua estreia na competição, conquistou uma vaga na Série A3 deste ano, após ficar com o vice-campeonato da Segundona de 2013, tem como mascote o Netuno (Deus do mar e das águas), que também é conhecido por Poiseidon. A escolha do Netuno se deve ao clube estar próximo da represa Billings.

Se o Água Santa tem como símbolo um dos Deuses da Mitologia Romana, o América, time de São José do Rio Preto, se inspirou no inferno para a escolha do seu mascote. Inspirado no América-RJ, o time do interior de São Paulo também adotou o “Diabo” como mascote.

Corvo ou Urubu?
O Flamengo de Guarulhos adotou um corvo de mascote. Muito parecido com seu “primo rico” Flamengo-RJ, que tem o Urubu como personagem. A cidade de Franca é muito conhecida como capital dos calçados, mas com a rivalidade entre os clubes de futebol do interior de São Paulo, nasceu o mascote da Francana.

Um dos “inimigos” do time local é o Catanduvense. Clube que fica no município de Catanduva e conhecida como “Cidade Feitiço”. Diz a lenda, que depois de uma vitória da Francana sobre o rival, o time de Franca ganhou o apelido de Feiticeira.

Com cores amarela, preta e branca, o Novorizontino adotou como mascote um animal mamífero e com fortes garras. Trata-se do Tigre, que tenta passar para os jogadores a imagem de um dos animais mais temidos da selva.

O Guaçuano, que nasceu as margens do rio que deu nome a cidade de Mogi Guaçu, escolheu um peixe histórico para representar o time. E o mascote do conhecido pela torcida é o Mandi, que também é conhecido como bagre e surubim.

Na década de 1940, a cidade de Limeira era muito conhecida por ter muitos clubes disputando os campeonatos de várzea. Mas com o passar do tempo, quase todos esses times foram extintos. Um dos únicos que não acabaram foi o Independente. Por isso seu mascote é conhecido como Galo da Vila Esteves.

Já o rival do Independente, a Inter de Limeira adotou o Leão da Paulista. Isso porque, muito antigamente, o Comercial foi derrotado pela Inter, que teve Kita e Gilberto Costa como um dos grandes ídolos dos torcedores limeirenses. Como o apelido do clube de Ribeirão Preto é o Leão, aí surgiu a idéia de escolher esse personagem.

Moleque Travesso
Com a finalidade de trazer de volta o Joseense no cenário do futebol brasileiro, o clube que foi fundado em 1988, escolheu o Tigre do Vale para conquistar os torcedores do Vale do Paraiba.
O Juventus, clube que já esteve na elite do futebol paulista é muito conhecido como o Moleque Travesso. Isso porque, depois de derrotar o Corinthians em 1930, o jornalista Thomas Mazzoni foi o pai do mascote do time da Mooca.

Por ter uma das histórias mais impressionantes entre os clubes do interior de São Paulo, a Matonense escolheu a Águia para ser seu mascote. Tudo isso, porque em 1995, o time da cidade de Matão conseguiu uma proeza muito peculiar. O clube que estava na quarta divisão, foi parar na elite do futebol do Estado de São Paulo.

Em 1910, funcionários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil adotaram como mascote do Noroeste – clube de Bauru – a Locomotiva Vermelha. Depois de um concurso realizado em 1968, o pintor Cláudio Malagoly escolheu o Jacaré como mascote do Rio Preto. De acordo com a história, ele era acostumado a ver esses bichos nas margens do reio que beira a cidade.

Nas estradas da vida
Antigamente, as estradas de ferro era um dos principais meios de transportes. Com isso, a Santacruzense foi um dos times fundados por funcionários que trabalhavam neste ramo. Em 1931, profissionais que trabalhavam na Estrada de Ferro Sorocabana resolveram fundar o time de Santa Cruz do Rio Pardo. E escolheram a Locomotiva como mascote.

Com apenas 10 anos, Paulo Henrique da Silva fez um desenho que entrou para a história do São Carlos. Conhecido no meio do futebol como Sanca, o clube da cidade de São Carlos adotou a Águia da Central como mascote. Tudo isso, graças a s habilidades deste garotinho.

O comendador Alcídio Balbo, que na década de 1980 era o presidente do Sertãozinho, escolheu o Touro dos Canaviais como mascote. A idéia era representar a cidade de São Carlos, município conhecido pelas plantações de cana-de-açúcar.

Burro?
O Burro da Central é o mascote do Taubaté. Quando foi escolhido, em 1954, os torcedores não gostaram da escolha. Mas depois do título do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1954, conquistado diante do Comercial, a imprensa literalmente deixou claro que esse era o apelido do time.

Isso porque, o Taubaté teria escalado o jogador Alcino de maneira irregular. O duelo terminou com a vitória do Burro da Central por 6 a 3.

O Tupã escolheu o Índio para ser o mascote do clube da cidade de Tupã. Mesmo assim, houve muitas mudanças, como em 1988, onde o trovão era o símbolo do time.

Já o Pantera Alvinegra foi escolhido para representar o Votuporanguense. Conhecido também como CAV, o time da cidade de Votuporanga escolheu esse símbolo para representar garra e determinação da pantera, um dos animais mais velozes o mundo animal.