Dérbi é página virada para o Guarani; hora de reviravolta

Time busca recuperação sobre o Criciúma, nesta terça-feira

Dérbi é página virada para o Guarani; hora de reviravolta

No áudio Memórias do Futebol, o assunto é sobre o tetracampeão mundial Bebeto, hoje político. Cachorro cego é o tema do Informacão.

Uns e outros, que ainda se agarram a lendas, dirão que o clube derrotado em dérbi campineiro tem consequências e dificuldades para se reafirmar. Balela! Mentira cabeluda.

Isso prevaleceu quando atleta tinha raízes na cidade. Descia a Rua Barão de Jaguara e tinha contados diretos com torcedores. Era cobrado diretamente. Sentia a cidade.

Hoje, quiçá o atleta passeia em shopping e sequer confere a predominância de mendicância na área central de Campinas. Sabe que a sua passagem por aqui tem data e horário marcados para acabar. Já incorporou a vida de cigano.

Logo, a derrota do Guarani no dérbi de sábado, em seu estádio, faz parte do passado.

EXTRAIR CONCEITOS

Dele, resta extrair conceitos de que o nível do Campeonato Paulista da Série A2 é bem diferente do Campeonato Brasileiro da Série B. A percepção lógica, agora, é de buraco mais embaixo.

Quando o Guarani é flagrantemente superior ao adversário, é admissível exposição ofensiva, colocar cegamente a tese de propor o jogo.

Quando as forças de nivelam, ou observa-se que seja inferior, o treinador Umberto Louzer precisa rever conceitos, se precaver, e se nortear pelo princípio que ‘uma boa defesa pode resultar em bom ataque’.

Na composição de meio de campo, acreditar que a marcação limitada a dois volantes pode ser perigosa à proteção ao quarteto defensivo.

Quando não se opta por três volantes, recuos de meias para compactação do setor são imprescindíveis, e essa cobrança precisa recair sobre Rondinelly e Bruno Nazário.

E também não adianta apenas cercar e ocupar espaço. A reposição se completa quando exercem a capacidade mínima de desarme.

ERIK E MARCÍLIO

Tal postura de recuo também se cobra de Erik, atacante de beirada nem sempre visto no acompanhamento das descidas do lateral pontepretano Igor.

Se o lateral-esquerdo Marcílio repetir erros crassos de marcação, o planejamento para o setor precisa ser revisto.

Se no Paulista da Série A2 foi possível controlar a marcação apenas contra razoáveis atacantes de beirada, na Série B são incontáveis os clubes que dispõem de rápidos atacantes para a especialidade, e podem ocasionar tanto ou mais trabalho provocado por André Luís, da Ponte Preta.

REAÇÃO JÁ

Por sorte o Guarani sabe aquilo que precisa ser arrumado, e humildemente o treinador Louzer reconhece isso.

Neste cenário cabe à nação bugrina, em geral, incorporar o contexto da música do saudoso Noite Ilustrada, de levantar a cabeça e dar a volta por cima.

Eis aí a oportunidade de ouro de recuperação diante do lanterna Criciúma, já nesta terça-feira, em Campinas.

Por fim, que reclassifiquem a capacidade do Estádio Brinco de Ouro. Se hoje ele comporta cerca de 20 mil pessoas, alguém explica como a televisão focalizou vários espaços vazios nas arquibancadas, contrastando com o público anunciado de pouco mais de 18 mil pagantes no dérbi?