Deleu, lateral-direito bugrino no biênio 1965-66

Deleu, lateral-direito bugrino no biênio 1965-66

Deleu, lateral-direito bugrino no biênio 1965-66

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Alô molecadinha encrenqueira de organizadas do Guarani: quando seus pais sequer haviam nascidos, na década de 60, o clube contou por dois anos com o lateral-direito Deleu, um afrodescendente baixinho que, oriundo do São Paulo, atuou pela equipe nas temporadas de 1965/66.

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A estreia dele com a camisa bugrina – cujo distintivo era apenas a letra G – deu-se em amistoso em Franca, contra a Francana, no mês de abril, quando passou a ocupar o lugar de Oswaldo Cunha.

E estreia foi com vitória por 2 a 1, num time formado por Sidnei Poly; Deleu, Orlando, Eraldo e Américo II; Tião Macalé (Sudaco) e Américo Murolo; Joãozinho, Nelsinho, Babá e Osvaldo.

VOLUNTARIOSO

Deleu foi um lateral apenas voluntarioso, quando o ocupante da posição apenas marcava ponteiros-esquerdos. E quando deslizava no gramado com aqueles temíveis carrinhos, certamente arrancava um punhado de grama.

Mesmo caracterizado como jogador apenas razoável, Deleu foi absoluto na posição com a camisa bugrina, num período de alternância de jogadores em todo sistema defensivo bugrino.

Os goleiros Sidney Poli e Dimas Monteiro se revezavam. Por razões diversas o reserva de Diogo na lateral-esquerda, Américo II, acabava escalado. Na zaga o revezamento foi maior. Com Eraldo já em final de carreira, Orlando, Adílson, Palante, Cidinho, Paulo Davoli e Tarciso se alternavam.

CONTRA NOROESTE

No jogo da sobrevivência do Guarani na antiga divisão especial, contra o Noroeste, Deleu estava lá naquela noite chuvosa de 22 de dezembro de 1966, no Estádio do Pacaembu, com vitória bugrina por 3 a 1.

Quem caiu de divisão foi o time de Bauru. Registro que seis jogadores bugrino que começaram atuando naquela noite já morreu: Dimas, Paulo Davoli, Diogo, Américo Murolo, Carlinhos e Wagninho.

Detalhe: naquela época constatava-se com frequência funções cumulativas de jogador e treinador nas equipes. Naquele jogo, por exemplo, o meia Zé Carlos, do Noroeste, também era o treinador de sua equipe.

CONTRA RIGESA

A despedida de Deleu do Guarani ocorreu em fevereiro de 1967, na goleada sobre o Rigesa, em jogo amistoso, por 6 a 1. Ele estava na reserva e entrou no lugar de Cido Jacaré, falecido recentemente.

Curiosidade: Deleu não admitia em hipótese alguma que qualquer pessoa fumasse em seu automóvel. “Fedô não entra aqui”, avisava antecipadamente a boleiros que pegavam carona.

Da época de São Paulo, atuou no jogo que o Santos provocou cai-cai, em 1963, quando era derrotado por 4 a 1, no segundo tempo, ocasião em que a partida foi finalizada antes do tempo regulamentar.

Quem jogava naquele São Paulo da época? Suli; Deleu, Jurandir, Dias e Ilzo Nery; Serafim e Bazaninho; Faustino, Zé Roberto, Del Vecchi e Agenor.

Hoje, radicado em Curitiba e exercendo a função de oficial de Justiça, Deleu passou a ser identificado apenas pelo nome de Vanderlei dos Santos.