São Paulo, SP, 26 (AFI) – Corinthians e Remo entraram em campo nesta quarta-feira à noite, na Neo Química Arena, sob tensão. A decisão do classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil foi tomada por uma série de fatores importantes. Contribuíram para isso a vitória do time paraense na primeira partida por 2 a 0, a má fase técnica do time alvinegro e ainda a sombra do passado do técnico Cuca, condenado por abuso sexual de uma menor na Suíça, em 1989. Nos 90 minutos, o Corinthians abriu o placar cedo, mas quis sofrer – fez o gol que levou a decisão para as penalidades só aos 48 do segundo tempo. Sobrou para Cássio, que defendeu uma cobrança e chegou a 28 pênaltis defendidos no clube, classificar a equipe.

O elenco alvinegro deu uma resposta ao torcedor que tem criticado Cuca. Após o termino das cobranças de pênaltis, todos os jogadores fizeram questão de celebrar abraçando o treinador, que tem menos de uma semana de trabalho no clube e já vive grande pressão por sua demissão.

Assim que teve o seu nome anunciado para o seu primeiro jogo em casa, Cuca sentiu a divisão do torcedor corintiano em relação à sua chegada ao clube – poucos aplausos, vaias e boa parte de indiferença puderam ser sentidos na Neo Química Arena.

RÁPIDO!

Para tentar pulverizar qualquer indício de protesto, Cuca mandou a campo uma equipe ofensiva, com três atacantes. Se a ideia era pressionar o Remo para achar logo o primeiro gol, o plano deu certo.

Atrás do placar, após perder em Belém por 2 a 0, o Corinthians pressionou o Remo logo de cara. No primeiro lance da partida, Adson recuperou a bola, tabelou com Yuri Alberto, invadiu a área e mandou para o fundo das redes.

Era tudo o que o Corinthians queria. O time paulista seguiu em cima do adversário, que foi aos poucos se encontrando na partida. Aos 24 minutos, Lucas Mendes avançou pela direita e cruzou. Muriqui cabeceou e viu a bola bater em Bruno Méndez e sair pela linha de fundo.

Nos minutos finais, o Remo começou a arriscar mais. Em um belo contra-ataque, com direito a Robinho de Muriqui em Giuliano, Pedro Vitor arriscou da entrada da área e mandou por cima do gol.

QUE VITÓRIA!

No segundo tempo, o Remo voltou mais compacto e diminuiu os espaços do Corinthians, que começou a tentar em chutes de fora da área e em bolas alçadas para dentro da área. Fausto Vera e Matheus Araújo tentaram, mas sem sucesso.

Apesar de se postar defensivamente, o Remo assustava. Aos 40 minutos, Jean Silva arriscou de longe e tirou tinta do travessão de Cássio. A resposta foi imediata. Yuri Alberto recebeu livre dentro da área e cabeceou. Vinícius fez um milagre.

O jogo ficou aberto no fim com chances claras de ambos os lados, até que aos 48 minutos, o Corinthians fez 2 a 0. Fagner avançou em liberdade e cruzou na cabeça de Roger Guedes, que deu um leve desvio para levar o duelo para os pênaltis.

PÊNALTIS

Nas cobranças, o Remo marcou com Ícaro, mas Leonan errou a segunda batida. Anderson Uchôa, Muriqui e Claudinei também fizeram, mas não conseguiram evitar a eliminação, já que o Corinthians acertou todos os pênaltis. Cobraram: Yuri Alberto, Maycon, Fausto Vera, Matheus Bidu e Roger Guedes.

FICHA TÉCNICA

2 0

Fase:

Terceira Fase

Rodada:

2ª rodada

Data:

26/04/2023

Horário:

21:30

Árbitro:

Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG)

Assistentes:

Bruno Raphael Pires (GO) e Marcyano da Silva Vicente (MG)

VAR:

Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ)

Cartões Amarelos:

Corinthians: Adson, Chrystian Barletta, Matheus Bidu e Roni

Remo: Richard Franco e Vinicius

GOLS:

Corinthians: Adson 1’/1T e Roger Guedes 48’/2T

Público:

39.377 pagantes

Renda:

R$ 2.412.267,50

Estádio:

Neo Química Arena

Local:

São Paulo (SP)

Corinthians

Cássio;
Fagner, Bruno Méndez (Murillo), Gil e Fábio Santos (Matheus Bidu);
Fausto Vera, Roni (Maycon) e Giuliano (Matheus Araújo);
Adson (Paulinho), Yuri Alberto e Róger Guedes.

Técnico: Cuca

Remo-PA

Vinícius;
Lucas Mendes (Diego Ivo), Diego Guerra, Ícaro e Leonan;
Anderson Uchôa, Richard Franco (Diego Tavares), Galdezani (Claudinei) e Pablo Roberto (Paulinho Curuá);
Muriqui e Pedro Vitor (Jean Silva)

Técnico: Marcelo Cabo

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