Copa Verde: Presidente de clube pede afastamento após ser acusado de injúria racial

Segundo a arbitragem, o presidente apresentava sinais de embriaguez

Caso aconteceu no último domingo

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Anir Siqueira Coimbra, presidente de Nova Mutum - Foto: Reprodução

Nova Mutum, MT, 4 (AFI) – O presidente do Nova Mutum-MT, Anir Siqueira Coimbra, pediu afastamento do cargo nesta terça-feira (02), após receber acusação de injúria racial no último domingo, em partida contra o União-MT, pela Copa FMF. Na ocasião, a acusação foi feita pelo preparador físico do clube adversário.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

“Ao pedir uma bola para o juiz do jogo para o aquecimento dos atletas do União Esporte Clube, o presidente do Nova Mutum Esporte Clube, que estava próximo, passou a ofendê-lo, dizendo: ‘Negrinho vagabundo, aqui você não tem bola nenhuma, não; e as bolas que você quer estão lá no campo; pode sair daqui, seu negrinho”, diz a acusação.

Segundo o árbitro da partida apresentou na súmula, o presidente “apresentava sinais de embriaguez”. O juiz também relatou que Anir teria chamado um dos jogadores do time adversário de “macaco”.

NOTA DO CLUBE

O Nova Mutum Esporte Clube, através de sua diretoria, tomou conhecimento do episódio relatado através das mídias sociais, no qual na data de 31 de outubro de 2021, o preparador físico do União Esporte Clube registrou um Boletim de Ocorrência alegando ofensas proferidas pelo Presidente deste clube, onde este haveria proferido palavras que caracterizariam o fato de injúria preconceituosa.

Cabe aqui ressaltar que ao longo da formação do Nova Mutum Esporte Clube – fundado em 1988 – nunca ocorrera qualquer episódio semelhante. A diretoria pede a toda a sociedade, torcedores e amantes do futebol, as mais sinceras desculpas por tal envolvimento e publicidade negativa.

Infelizmente o fato que vem sendo veiculado nos mais diversos meios de comunicação, sem a devida empatia, cautela e respeito à imagem dos supostos envolvidos é deveras prejudicial e constrangedora.

O membro diretor suspeito, que é empresário local, membro da direção FMF e que vem atuando brilhantemente em seu papel há anos, com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais, na tarde de ontem, requereu seu afastamento do cargo, para que o fato seja devidamente esclarecido.

A comissão técnica, diretoria e organização se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto supramencionado, e afirmamos ainda que não pactuamos com qualquer atitude desrespeitosa, quão mais, mas não exclusivamente no que tange à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou deficiência.

Seja no convívio societário, seja dentro ou fora do campo, devemos nos pautar tão somente na disputa cordial e profissional, deixando o ódio e a formação de opiniões desidiosas fora daquele que é o esporte mais popular e bonito do mundo. No clube temos como praxe o dizer de que a única diferença de cor é só a camisa dos jogadores.

Logo, diante de todo o ocorrido, busquemos nesse momento, a devida cautela nos comentários, posto que, antes do devido processo legal, um julgamento arbitral afasta a empatia, podendo acarretar danos irreparáveis aos envolvidos, além de promulgar o ódio e a discordância social.

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