Condicionamento físico pode fazer diferença no jogo Ponte e América Mineiro?

Jogo da noite desta terça em BH vale R$ 2,6 milhões

Discussão em pauta é Guarani com elenco rachado

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Como este 21 de setembro marca o Dia dos Radialistas, prestei singela homenagens àqueles profissionais de militância no rádio de Campinas que já morreram, na coluna abaixo.

Além da conjuntura de Ponte Preta e América Mineiro que segue, cabe, abaixo, discussão se a demissão do treinador Thiago Carpini, do Guarani, provocou racha no elenco, com interferência direta em rendimento da equipe.

PONTE X AMÉRICA

Quando a Ponte Preta pisar no gramado do Estádio Independência, em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira, para enfrentar o América Mineiro, estará em jogo a bolada de R$ 2,6 milhões ao vencedor, que automaticamente garante vaga às oitavas-de-final da Copa do Brasil.

E pra Ponte ficar com essa bolada basta uma vitória simples, visto que empatou por 2 a 2 no confronto em Campinas.

Basta pode soar como pejorativo, porque o adversário também sonha em ‘engordar’ os seus cofres.

E se o América colocou em campo um time alternativo na derrota em seus domínios para o Figueirense, por 1 a 0, agora conta com força máxima.

Treinador Lisca

Treinador Lisca

E mais: o treinador Lisca ainda se dá ao luxo de optar pela fixação do canhoto e driblador Ademir pelo lado direito do ataque, ou a manutenção de Toscano centralizado.

Se começar com Ademir, a marcação dos pontepretanos sobre ele precisa ser redobrada, provavelmente com o volante Bruno Reis em socorro ao lateral-esquerdo Lazaroni.

ZAGUEIROS ALTOS

Se em Campinas a zaga do América foi vulnerável no jogo aéreo, principalmente através do quarto-zagueiro Anderson, agora o time conta com o retorno da dupla titular formada por Messias e Eduardo Bauermann, altos e eficientes quer no jogo aéreo defensivo, quer no ofensivo. Ambos estão recuperados do coronavírus.

Terça passada, por três vezes a Ponte ganhou jogadas de ataque pelo alto, e os gols só não saíram devido às defesas difíceis praticadas pelo goleiro Thiago Braga.

Matheus Peixoto duas vezes e Bruno Rodrigues ganharam de cabeça da zaga do América, projetando-se, portanto, que agora a facilidade não será a mesma.

RECUPERAÇÃO FÍSICA

Se o volante Juninho e o meia Alê do América entraram apenas no transcorrer do jogo contra o Figueirense, agora devem ter volta confirmada, e assim no plano físico o time mineiro se resguardou para a decisão desta terça-feira.

E a Ponte?

Em busca da manutenção do posicionamento do G4 na Série B do Brasileiro, o treinador João Brigatti colocou em campo o time titular no empate por 1 a 1 contra o Operário de Ponta Grossa.

Errou?

Pra início não.

Hesitou sim em não proceder trocas de jogadores mais desgastados como Luís Oyama, João Paulo e Apodi já no intervalo, a fim de poupá-los.

Ao mantê-los, viu-se que ‘andaram’ em campo e o adversário soube aproveitar os espaços pra crescer no jogo.

Resta saber se exaustos, como deixaram o gramado no sábado, conseguiram recuperação suficiente para o embate desta terça-feira.

GUARANI RACHADO?

Circula na internet vídeo em que um rapaz, que se intitula torcedor Guarani, faz citação de elenco rachado.

E não é que o moço provocou discussão em grupos de bugrinos no facebook e zap.

Outrora, quando o profissionalismo era levado a ‘meia boca’, se poderia dizer que elenco rachado trazia interferência no rendimento da equipe.

Se o próprio treinador Ricardo Catalá alardeia que no seu conceito de futebol ‘é o jogador que se escala’, pressupõe-se que a escolha tem recaído conforme a eficiência demonstrada durante treinos e jogos.

Afora isso, hoje são raros os atletas que dão tiro no pé.

Quem fizer corpo mole prejudica, além do clube, ele próprio.

Hoje, o atleta está na mira de olheiros, empresários e dirigentes de outras agremiações. Logo, é natural que vise projeção para melhores contratos na carreira.

Outrora, quando se suspeitava de má vontade de jogador, ficava-se de olho se ele encostava no Departamento Médico.

O tempo passa, a medicina esportiva evolui, e já diagnóstica com precisão o grau de lesão do atleta.

Assim, aquele ‘migué’ ficou no passado.

Portanto, uma coisa é o atleta insatisfeito com métodos de trabalho após mudança de comissão técnica, da perda de supostos privilégios com comandante antecessor, mas daí a propositalmente querer prejudicar o próprio clube, é difícil acreditar.